sábado, 27 de novembro de 2021

AFLAM EM PAUTA

 



 

Em recorrentes práticas tem-se que a locução adverbial "em pauta" significa algo a ser debatido, ou que está na ordem do dia. Eis o sentido e significado da coluna Aflam em Pauta, cujo ponto de partida e de chegada é a tematização dos assuntos que estão em consonância com o projeto institucional da Academia Feminina de Letras e Artes Mossoroense (AFLAM).

De cunho literário, linguístico e artístico, a AFLAM foi instituída na cidade de Mossoró-RN, em 17 de dezembro de 2007, com sede provisória na Biblioteca Municipal Ney Pontes Duarte, na Praça da Redenção Dorian Jorge Freire, nº 17, sala nº 01, térreo.

Como pessoa jurídica de direito privado, sem fins lucrativos, a AFLAM congrega 40 mulheres sócias efetivas titulares vitalícias e 40 patronas, com a finalidade de: fomentar as criações e as produções culturais, científicas, artísticas e literárias envolvendo autoras escritoras, pesquisadoras, poetisas, jornalistas, musicistas, pintoras, desenhistas e atrizes da cidade de Mossoró; exaltar a memória de figuras femininas, brasileiras ou naturalizadas, que se destacaram nas letras e nas artes, denominando-as Patronas da Academia; manter o acervo de produção literária e artística e apoiar os projetos de preservação da memória feminina; promover concursos, exposições artísticas, estudos, palestras e seminários sobre os mais destacados assuntos que envolvam produção de interesse cultural e científico, com a finalidade de constituir a valorização intelectual da mulher mossoroense; estabelecer intercâmbio cultural, em qualquer lugar da Federação, com entidades e associações de atividades congêneres em âmbito federal, estadual e municipal; firmar convênios estadual, interestadual e nacional com organismos ou entidades afins que não impliquem em sua subordinação a compromissos e interesses que conflitem com seus objetivos e finalidades; estimular a parceria, o diálogo local e a solidariedade entre os mais diversos segmentos sociais, procurando participar junto a outras entidades afins, de atividades mediante os interesses comuns; coordenar e executar projetos de cunho sociocultural trazendo benefício para a comunidade em geral; incentivar a pesquisa científica e estimular a criação de obras de caráter literário e artístico; homenagear aqueles que contribuíram com a construção social, histórica, política e cultural da cidade de Mossoró, buscando valorizar a sabedoria prática e oral.

Como referencia o seu hino, os membros da AFLAM são as mulheres sem a vaidade dos louros, que, como pétalas da mesma flor, compõem um jardim cultural, com arte, bravura e glória.

Do seu imaginário poético transbordam a arte sensível de significar o não existido, o sentir do não sentido e o dar cores e asas das curvas do futuro e do passado, em busca de NOVAS IDEIAS para devastar no vazio do significado.

Como Schopenhauer, temos consciência de que: “As novas ideias são primeiro ignoradas, depois são violentamente combatidas, depois são adotadas como evidentes justamente pelos que as combateram”. Eis que a nossa pauta é priorizar novos compromissos com a construção de uma AFLAM ética, sensível, esteticamente intencional e institucional, na edificação coletiva de estratégias operacionais que possibilitem, através de múltiplas atividades de cunho Cultural, fazer fluir e disseminar os talentos, ideais e ideias criativas das acadêmicas que compõem a instituição.

É nesse contexto que nossa pauta é do cultivo e semeadura, da valorização e divulgação das criações e das produções científicas, artísticas e literárias das mulheres aflameanas, alinhadas ao compromisso com a prática coletiva de fazer cultura, planejada, dialogada e vista em forma de processo, priorizando o conteúdo das atividades planejadas e/ou desenvolvidas, demonstrando a força e capacidade da mulher de se reinventar para enfrentar com arte e poesia o novo; inclusive aglutinando-se para lidar com os costumes e preconceitos que a aprisionam e tolhem sua capacidade criativa.

O desafio é poetizar, pedalando, contemplando e saboreando os:

Sulcos de vida

Lajedo que floresce

Rosa de pedra.

Pura elucubração, que vai e vem com as ideias, expondo-nos como:

Um pêndulo que não para

Uma folha no ar

Um galho a balançar

O movimento das ondas do mar.

As estrelas que brilham,

Cintilantes no céu as harmonizando.

Vem o relâmpago e desarmoniza todo o cenário.

O aroma inebriante das flores,

Embalando-nos no balé das ondas do mar.

 Ousadia! Ouso devanear em poemas Raicanianos, fazendo escorrer: 

Água na pedra

Correnteza de lágrimas

Adeus à vida.

Este é o cenário da AFLAM EM PAUTA, buscando divulgar nossas produções.



[1] Prof.a Enf.a Dra. TANIAMÁ VIEIRA DA SILVA BARRETO (Taniamá Barreto / Taniamá Vieira) é autora de vários livros de poesias, crônicas e técnico-científicos. É sócia fundadora das seguintes academias: Academia Feminina de Letras e Artes de Mossoró (AFLAM), ocupante da Cadeira 12; Academia de Letras e Artes de Martins (ALAM), ocupante da Cadeira 01; e Academia de Ciências Jurídicas e Sociais (ACJUS), ocupante da Cadeira 03. É Titular da Cadeira 08 da Academia Mossoroense de Letras (AMOL) e Patronímica da Cadeira 57 do Conselho Internacional de Letras e Artes (CONINTER). Integra o Instituto Cultural do Oeste Potiguar (ICOP), a Sociedade Brasileira de Estudo do Cangaço (SBEC), o Museu do Sertão, a Associação Literária e Artística de Mulheres Potiguares (ALAMP) e a Associação dos Escritores Mossoroenses (ASCRIM), além de Sócia Correspondente da Academia de Letras de Apodi (AAPOL).

quinta-feira, 1 de abril de 2021

Sarau Rosa de Pedra

Taniamá Vieira da Silva Barreto 

Olá, pessoas afetas à poetização:

Foi no dia 31 de março de 2021, às 19 horas, sob a direção do SESC e a batuta moderativa da poetisa Michelle Ferret, que vivenciei o mais profundo sensível momento poético: Sarau Rosa de Pedra, em homenagem a Zila Mamede. Partilharam da apresentação comigo as talentosas poetisas, atrizes, compositora, cantoras Barbara, Sol, Gaby, Soraya e Jeane. Grandes mulheres!!! E eu, nada declamante, integrando este grupo, eu Tanimá Vieira Barreto, uma campesina ousada que enfrenta os desafios e se lança como no poema O RECOMEÇAR DA VIDA, do livro “na Ponta da Pena (2015)”, quando poetizo:

A vida me aprontou poucas e boas:

Me massacrou!

Me escarneceu!

Me alegrou

Me entristeceu!

Pura contradição ..!

Com as coisas que ela me trouxe

Tropecei aqui,

Cai ali, levantei acolá

Pois é! Isso é a vida ...!

O que é a vida, senão

A nossa capacidade de superação?

A vida é a nossa própria condição de sermos

E estarmos indo e vindo;

Sorrindo e chorando;

Amando e odiando,

Trazendo para o mundo a experiência

Do que temos condição de fazer.

Dizendo para o outro

O que a vida nos preparou para dizer!

Entregando para o mundo,

O que ela nos fez capaz de entregar!

Gritando, para quem quiser ouvir,

Que somos capazes de amar;

De sofrer, sem chorar;

De sorrir, sem escarnecer;

De viver, sem complicar!

Enfim, gritar: Estou pronta para recomeçar!

Estou pronta para pedalar a vida.

O desafio é pedalar, contemplando o significado deste momento do Sarau Rosa de Pedra, saboreando do que posso degustar dos:

Sulcos de vida

Lajedo que floresce

Rosa de pedra.

Eis-me no enfrentamento desse desafio, expondo-me como:

Um pêndulo que não para

Uma folha no ar

Um galho a balançar

O vai-e-vem das ondas do mar;

Como estrelas que brilham

Cintilantes, harmonizando o céu.

Vem o relâmpago e desarmoniza todo o cenário.

Como o sol, com sua luz,

Sentindo o aroma inebriante das flores,

Embalando-me no balé das ondas do mar.

Ousadia! Ouso devanear em poemas Raicanianos, fazendo escorrer:  

Água na pedra.

Correnteza de lágrimas.

Adeus à vida.

E devastar no vazio do significado:

Da profundidade da grota

Surge a linda mulher

                           Esculpida Rainha do mar.

domingo, 28 de março de 2021

DRAMA PERENE

 Poema retirado do livro Contemplando os Céus (1982)de Taniamá Vieira Barreto


 

Vão direto a Deus, e em mim voltando,

Para as plagas celeste me detenho,

Para rever JESUS inda no lenho;

Para rever seu sangue inda jorrando.

 

Para remir do mundo o mal nefando,

Fez-se vítima, CRISTO, oh doce empenho!

E ofertando-se ao PAI, disse: Aqui venho

Para os crimes dos homens ir pagando.

 

Como peca demais o ingrato mundo,

Cristo fica a sofrer qual moribundo,

Este é o drama perene de JESUS!

 

Até mesmo os ladrões já estão libertos;

Só contemplando JESUS braços abertos,

Salpicando de sangue inda na cruz!

domingo, 21 de março de 2021

sábado, 20 de março de 2021

HAICAI


Taniamá

(1)

Qual flor que anda,

Segue pedalando.

Felicidade.


(2)

Fez-se da grama

Com poda escultural

Arte! Topiaria.

sábado, 27 de fevereiro de 2021

MEU LIVRO, MEU MUNDO, MEUS SABERES


Dra Taniamá Vieira Barreto[1]

Tudo começa com ele

O livro só traz grandeza

Sem ele não tem história

Falando sobre riqueza

E nem a população

Vai ter orientação

Para mostrar a certeza.

 

Sem livro não há ensino

Também não há esperança

Para quem quer aprender

De corpo e alma se lança

No mundo do aprendizado

Pra ficar realizado

E feliz feito criança.

 

No livro está imputada

A rica fonte do saber

E quem não o manuseia

Nunca irá perceber

Que é um desinformado

E se quiser ser educado

Tem que se dispor a ler.

 

O livro tem eficácia

E importância também,

Não adianta esconder

O valor que ele tem

Pra quem procura estudar

Claro que vai encontrar,

Nele o amigo nota cem.

 

Dentro dele tem de tudo

Que precisa se buscar,

É um mar cheio de letras

Pra quem sabe navegar,

No barco da alegria

Com muita sabedoria,

Busca logo interpretar.

 

Ele também é um grande

Arquivo que tem valor,

Cada página é escrita

Pela mão de um escritor,

Depois é analisado

Por isso que é chamado

De grande motivador.

 

O conteúdo do livro é

Dissertação dos deveres,

Estimula o cidadão

A busca pelos prazeres

Quando está se deleitando

Com o livro o ensinando

Vai cultivando os saberes.



[1] Poetisa, escritora, pesquisadora e palestrante, imortalizada pela ALAM – cad. 01, ALAM – cad. 12, ACJUS – cad. 03, AMOL – cad. 08 e CONINTER – cad. 56.

terça-feira, 23 de fevereiro de 2021

LIVRO, SEMENTE DO DESENVOLVIMENTO

 


Dra Taniamá Vieira Barreto[1]

 

É sobre o livro didático,

Que eu pretendo falar;

O livro é um instrumento

Usado para educar;

Seu conteúdo analítico

Transmite ao leitor crítico

A forma de estudar.

 

Foi no celeiro dos livros

Onde achei os meus deveres,

Cada qual procure os seus

E honre seus afazeres,

Para nos anais da história,

Em leitura compulsória

Vá cultivando saberes.

 

O livro é um instrumento

Da base de orientação,

Motivador de leitura,

Para uma grande nação;

E a sua conjuntura

Orienta a criatura

Rumo a sua formação.

 

Há quem fique no atraso,

Quando a pessoa é omissa

Vê os saberes nos outros

Às vezes até cobiça,

Têm livros na sua estante,

Mas, não pega um instante,

Porque de ler tem preguiça.

 

Vá a luta se decida

Tire do livro uma lição

Ele é um professor

Que lhe dá motivação,

Compõe a literatura

E do todo da Cultura

O livro é o embrião.


[1] Poetisa, escritora, pesquisadora e palestrante, imortalizada pela ALAM – cad. 01, ALAM – cad. 12, ACJUS – cad. 03, AMOL – cad. 08 e CONINTER – cad. 56.