quinta-feira, 1 de abril de 2021

Sarau Rosa de Pedra

Taniamá Vieira da Silva Barreto 

Olá, pessoas afetas à poetização:

Foi no dia 31 de março de 2021, às 19 horas, sob a direção do SESC e a batuta moderativa da poetisa Michelle Ferret, que vivenciei o mais profundo sensível momento poético: Sarau Rosa de Pedra, em homenagem a Zila Mamede. Partilharam da apresentação comigo as talentosas poetisas, atrizes, compositora, cantoras Barbara, Sol, Gaby, Soraya e Jeane. Grandes mulheres!!! E eu, nada declamante, integrando este grupo, eu Tanimá Vieira Barreto, uma campesina ousada que enfrenta os desafios e se lança como no poema O RECOMEÇAR DA VIDA, do livro “na Ponta da Pena (2015)”, quando poetizo:

A vida me aprontou poucas e boas:

Me massacrou!

Me escarneceu!

Me alegrou

Me entristeceu!

Pura contradição ..!

Com as coisas que ela me trouxe

Tropecei aqui,

Cai ali, levantei acolá

Pois é! Isso é a vida ...!

O que é a vida, senão

A nossa capacidade de superação?

A vida é a nossa própria condição de sermos

E estarmos indo e vindo;

Sorrindo e chorando;

Amando e odiando,

Trazendo para o mundo a experiência

Do que temos condição de fazer.

Dizendo para o outro

O que a vida nos preparou para dizer!

Entregando para o mundo,

O que ela nos fez capaz de entregar!

Gritando, para quem quiser ouvir,

Que somos capazes de amar;

De sofrer, sem chorar;

De sorrir, sem escarnecer;

De viver, sem complicar!

Enfim, gritar: Estou pronta para recomeçar!

Estou pronta para pedalar a vida.

O desafio é pedalar, contemplando o significado deste momento do Sarau Rosa de Pedra, saboreando do que posso degustar dos:

Sulcos de vida

Lajedo que floresce

Rosa de pedra.

Eis-me no enfrentamento desse desafio, expondo-me como:

Um pêndulo que não para

Uma folha no ar

Um galho a balançar

O vai-e-vem das ondas do mar;

Como estrelas que brilham

Cintilantes, harmonizando o céu.

Vem o relâmpago e desarmoniza todo o cenário.

Como o sol, com sua luz,

Sentindo o aroma inebriante das flores,

Embalando-me no balé das ondas do mar.

Ousadia! Ouso devanear em poemas Raicanianos, fazendo escorrer:  

Água na pedra.

Correnteza de lágrimas.

Adeus à vida.

E devastar no vazio do significado:

Da profundidade da grota

Surge a linda mulher

                           Esculpida Rainha do mar.

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