domingo, 19 de novembro de 2017

ZUMBI DOS PALMARES



No ano cinquenta e cinco
Do século dezessete,
Nasceu lá em Alagoas
Um menino de topete
Para proteger os negros
Com muita garra se mete.

O Quilombo dos Palmares
Foi um dos mais importantes,
Com uma população
De trinta mil habitantes,
Foi lá que Zumbi tornou-se
Um ser dos mais importantes.


Embora nascido livre
Aos sete anos de idade,
De ser aprisionado
Teve a infelicidade,
Mas era plano divino
Pra sua posteridade. 


Pelo Padre Antônio melo
Nosso herói foi criado,
Com o nome de Francisco
Foi por ele batizado,
O destino o preparava
Para o seu grande legado.


Aprendeu falar fluente
Nossa língua portuguesa,
Língua, Álgebra e Latim
Dominava com clareza,
Na celebração da missa
Ajudava com firmeza.


De sonhar com a liberdade
Ele nunca desistiu,
Como libertar-se um dia
Ele sempre se inquiriu
Ao completar quinze anos
Para palmares fugiu. 


Francisco mudou de nome
Logo que chegou ali,
Diziam: - A liberdade
Fez você chegar aqui
Por isso de doravante
Hás de chamar-se Zumbi. 


Em mil seiscentos e oitenta
Aos vinte e cinco de idade,
Zumbi tornou-se o líder
Daquela Comunidade,
Junto aos demais com bravura
Lutava com lealdade. 


De trinta mil habitantes
Conquistou a confiança,
Libertar todos os negros
Ele tinha esperança
Quinze anos o quilombo
O teve na liderança. 


Mas Domingo Jorge Velho
Ia há todos os lugares
Atrás de negros fujões
Fazendo grandes safaris
Arquitetou uma batalha
Para destruir Palmares.

No ano noventa e quatro
Do século já citado,
O Quilombo dos Palmares
Foi duramente atacado
Por Domingo Jorge Velho
Que teve o seu resultado.

Palmares que nunca antes
Havia sido vencido,
Por Domingos Jorge Velho
Foi sem pena destruído,
Zumbi o herói dos negros
Foi duramente ferido. 


Zumbi o grande guerreiro
Ainda fugiu ferido
Mas por um dos companheiros
O nosso herói foi traído
Entregue a Domingo Jorge,
Sem compaixão foi punido. 


Foi aos vinte de novembro
Que o herói alagoano
Teve seu fim, degolado
No seu quadragésimo ano
Por isso a consciência
Negra; lhe faz reverência
Em novembro a cada ano.


Nilson Silva (Poeta, Escultor e Artesão e sócio correspondente da ALAM)

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