sábado, 2 de março de 2019

A ACJUS NA HISTÓRIA DAS MULHERES E DA POESIA



Profa Dra Taniamá Vieira da Silva Barreto

(cadeira 03 da Acjus)



ILUSTRÍSSIMO PRESIDENTE DA ACJUS, DIRIGENTE DESTA DOUTA MESA, JOSÉ WELLIGTON BARRETO, EM NOME DO QUAL CUMPRIMENTO OS HOMENS INTEGRANTES DESSE DISPOSITIVO E TODOS OS HOMENS PRESENTES NESTA PLENÁRIA

ILUSTRÍSSIMA SENHORA HELENITA CASTRO, PRESIDENTE DA ACADEMIA FEMININA DE LETRAS E ARTES - AFLAM, ATRAVÉS DA QUAL CUMPRIMENTO TODAS AS MULHERES DO DISPOSITIVO E DA PLENÁRIA.


Senhoras e Senhores.

Ao ser convocada para ser oradora desta magna sessão, de pronto aceitei e iniciei uma reflexão sobre qual a abordagem deveria dar ao discurso.

Este é o momento que marca um novo recorte da história da ACJUS.

Momento que faz parte do início de um mês cheio de sentimentos poéticos, citadinos e feministas, como é o mês de março.

Pensei, então; preciso falar de uma Academia de Ciências Jurídicas e Sociais marcada por uma História, que vai além da condição institucional, cuja finalidade é o estudo, o aperfeiçoamento e a difusão das letras jurídicas, sociais, Filosóficas e afins, que nos findos dias do mês de março do ano de 2014, um grupo de seletos profissionais iniciou a discussão sobre a viabilidade de uma Academia, com este perfil.

Ponderei!

De certo, preciso extrapolar este aspecto e considerar que nesta sessão de 01 de março de 2019, tomam posse os membros da segunda Diretoria da ACJUS.

ACJUS que foi fundada em 05 de novembro de 2014 e teve os membros da sua primeira Diretoria definidos justamente no mês de março de 2015, sendo a posse solenemente, na Assembleia Geral Extraordinária de 24 de julho de 2015.

Considerei, então o mês de março, o mês das Mulheres, da Poesia e da Constituição, para inspirar essa minha fala.

Inspirei-me, sim, na MULHER
Que labuta no dia-a-dia da vida
Vestida da força da lida
Da esperança que o sucesso requer.


Inspirei-me no requinte do saber
Envolvida na busca da felicidade
Marcada pela dor da saudade
Na tentativa dos obstáculos vencer.



Fui buscar também inspiração na poética e no conteúdo dos discursos das mulheres acejuscianas, porque são elas as que perpassam a trajetória da mulher escritora, registrando a permanência de sua obra na história da literatura e da ciência leve, rompendo com o discurso patriarcal dominante e tolhedor, alçando voos nos estudos sócios-culturais, sócio-políticos e sócio antropológicos.

Inspirei-me, sim, porque também sou poetiza.

Enveredei pelas asas da imaginação e relacionei o viés feminino da Acjus com o Dia da Mulher, que é comemorado anualmente em 8 de março.

Inspirei-me, porque entendo que o Dia da Mulher é a celebração das conquistas sociais, políticas e econômicas das mulheres ao longo dos anos, como o fazem as mulheres da Academia de Ciências Jurídicas e Sociais de Mossoró.
O contexto exige um parêntese poético para dizer que Ser Mulher na ACJUS é intrinsecamente igual a ser mulher na Elucubração poética:

Exige sensibilidade
Sentir a dor que rói
Ver a luz
Na escuridão
Do sol
Ver a claridade
Na escuridão da noite
Contemplar a lua
Da manhã
Da tarde
Meditar o jardim do cerrado
Um cenário
Um sonho
Uma miragem
Sentimento que dói!
Corroi!

Mas, retornemos ao foco da Acjus em março.

Como o dia 08 de março, nossa Congregação tem um projeto político institucional comprometido com as lutas mais amplas da sociedade, da ciência, da cultura e das letras.

Como exemplo, cito o “Projeto Lendo, Escrevendo e Aprendendo” e contínua interação com os meios de comunicação.

Nós que fazemos a congregação acadêmica da Acjus entendemos que é preciso determinação, criatividade e decisão para desenvolver atividades coerentes com a realidade local e regional, com leveza científica e uma boa dosagem de sabedoria e construção poética. Entendo a poesia como forma da arte de fazer ciência.

E por falar em discurso poético, desde 1999 que, por determinação da UNESCO, o dia 21 de março é oficialmente o Dia Mundial da Poesia.

Neste momento, peço licença aos demais confrades e confreiras para fazer referência às acadêmicas: Ângela Gurgel Poetisa da natureza e da vida; Suzana Goretti, que faz da cultura nordestina o motivo da sua rima; Welma Menezes, que traz para a poesia a musicalidade jurídica; e, Vanda Jacinto. Ah! Vanda é a poetisa completa, que traz na veia a frase melodiosa da sabedoria existencial.

Estas poetisas, somam com as demais acadêmicas uma produção que inunda a ACJUS da verdadeira oração do entendimento da ciência e da verdadeira missão da academia.

Aliás, pra se falar de oração e missão, justamente hoje, primeiro de março, comemora-se, desde 1968, o Dia Mundial da Oração, em compromisso com a celebração ecumênica móvel, que ocorre na primeira sexta-feira de março, como forma de interceder pela realização de obras benéficas para a humanidade.

Mas o que tem a ver esse compromisso com o projeto da ACJUS?

Entendo que tem tudo!

Penso e constato que as obras da nossa Academia, em seus cinco anos de fundação, tem trilhado caminhos do bem, em prol da humanidade, consolidando uma história da verdadeira cidadania.

Março é o mês da Constituição, em que no dia 25 de março de 1824 D. Pedro I assinou a Primeira Constituição brasileira (Constituição do Império do Brasil); e é considerada parte importante do processo de independência do Brasil e do contexto democrático, construído dia-a-dia.

O Golpe de Estado no Brasil em 1964 designa o conjunto de eventos ocorridos em 31 de março de 1964, no Brasil, que culminaram, no dia 1.º de abril do mesmo ano, com um golpe militar que encerrou o governo do presidente democraticamente eleito João Goulart.

A diretoria executiva e o conselho fiscal que hoje tomam posse para o mandato 2019 / 2022 continuará primando pelo processo democrático, respeitando as decisões coletivas, bem como, cumprindo suas normas estatutárias e regimentais.

E por falar em normas, esperamos que no exercício acadêmico de 2019 todos os acadêmicos e acadêmicas já empossados/as cumpram a ritualística dos elogios aos patronos de suas respectivas cadeiras.

Esta é a maneira suave de dizer:

Aqui estamos de braços abertos para, todos juntos, construirmos uma Academia do jeitinho que queremos, com zelo para com o seu nome, respeitando os confrades e as confreiras, em consonância com a dignidade e grandeza da investidura acadêmica.

Eis como estamos nesse momento: investidos do compromisso com a vida acadêmica, na construção do nosso próprio castelo, com teimosia, pedindo licença para passarmos e seguirmos nossos sonhos.

É bem verdade que as vezes atropelamos o processo!

Mas, vontade de fazer acontecer nossos sonhos! Sendo fiéis com nossos próprios sonhos de sermos imortais.

Sim, diletos confrades e diletas confreiras, a ACJUS precisa da fidelidade de todos nós, com nosso próprio sentimento.

Façamos um ano acadêmico de 2019 de elogios e de construção da nossa própria fidelidade para com nossa congregação, sem egoísmos, transbordando criatividades:

Partilhando
A leveza da informação
Divulgando
O compromisso com o amor
Enaltecendo a existência
Preservando a amizade
Louvando a poesia
Espalhando a ideias,
Com a chama da esperança
Confiança.
Maestria
Segurança
Poetizando a vida,
Significando a existência!

Obrigada! 

Que Jesus nos dê sabedoria para fazermos uma boa gestão!

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