terça-feira, 11 de junho de 2019

DIX SEPT ROSADO SOBRINHO & FRANCY DANTAS: NAS TRILHAS DA CULTURA

Por Dra. Taniamá Vieira da Silva Barreto


Acolhimento

Senhor Presidente da ACJUS José Wellington Barreto, através do qual cumprimento os integrantes desse dispositivo.

Senhora Presidente da AFLAM Helenita Castro, ao citá-la registro meu apreço e consideração a todas as pessoas presentes nesta plateia.

Senhoras e Senhores!

Inicio minha fala expressando quão grande foi o meu júbilo ao ser solicitada para, neste momento, apresentar o Confrade Jerônimo Dix Sept Rosado Maia Sobrinho e a Confreira Franci Francisca Dantas nas suas condições de imortais, primeiros ocupantes, respectivamente, das Cadeiras 21 e 43 da Academia de Ciências Jurídicas e Sociais de Mossoró – ACJUS.

Meu coração está recheado de alegria e agradecimento.

O extremo contentamento é por ser este o ápice do elogio em que os integrantes da Academia solidificam sua condição de imortal.

Momento importante esse!

Refleti: como corresponder, a altura, aos dignos acadêmicos?

- Resposta difícil de ser dada!

Musicalizando?

- Nem pensar! O urubu canta melhor que eu.

Declamando?

- Jamais! Conheço a entonação da minha voz. Não daria certo, nem seria justo para esta seleta plenária.

Poetizando?

Huuuuum! Talvez.

Mas, poetizar sobre qual tema?

Sobre a arte de curar vidas, Atendendo ao perfil do Dr Dix Sept?

Ou a arte de fazer arte, Para privilegiar a principal característica da professora Francy?

Não, de jeito nenhum. Seria necessário um tratado poético. E mesmo assim seria frágil.

Então, nada de indecisão.

Beberei nas águas límpidas do meu próprio saber
Buscarei na fonte do meu conhecimento
Para Organizar no baú da sabedoria
Os dados que me dispus a conhecer.

Sinto-me lisonjeada em partilhar diretamente com o escritor Dix Sept Rosado e a escritora Franci Dantas o mais importante átimo das suas vidas acadêmicas.

Bem porque, a imortalidade no âmbito das instituições literárias tem sua origem no que está definido na Academia Francesa, cuja palavra está cravada na frase Àl'immortalité que, na versão da Academia de Ciências Jurídicas e Sociais de Mossoró - ACJUS, significa ter defendido uma cadeira da Casa de Ruy Barbosa, como membro efetivo, legitimando sua condição de produtor do conhecimento e do saber técnico-científicos humanos e / ou filosóficos.

É ímpar este momento para os confrades Dix Sept Rosado e Franci Dantas, vez que é nele que ocorre a confirmação das suas intelectualidades para a convivência e comunhão culturais proclamadas como reconhecimento ao mérito das suas histórias, vivendo para sempre na memória da cultura mossoroense, transcendendo o tempo.

Assim, tendo garantidos para o resto da vida seu espaço de participação na vida acadêmica, em consonância com os artigos 4º, 5º e 6º do Estatuto da ACJUS.

Eis que a imortalidade científica da ACJUS vai além do entendimento de significações existenciais, sobrepondo às vulgaridades.

O acadêmico se torna imortal pelo valor intelectual e cultural que suas obras possuem.

Na verdade, os homens são passageiros da vida, que é o dom de Deus. A humanidade os faz eternos pelos rastros de luz que deixam em sua vida terrena, fazendo-os dignos da admiração dos pósteros.

Senhor Presidente, seleta assembleia, imaginem o conflito de sentimentos que invadem o meu ser ao me deparar com tão elevado compromisso:

De um lado Dix Sept Rosado, o ser humano, escritor pesquisador e semeador de cultura que reconhece, com simplicidade, mas com segurança e altivez, a real importância de integrar uma academia da estirpe da ACJUS.

De outro, mas no mesmo nível de relevância, a biógrafa, memorista, artista, guerreira, lutadora e semeadora de ideias, Franci Dantas, que bebe em várias fontes para significar seu conhecimento sobre a família, a comunidade e a arte.

Um conflito que se transforma em regozijo atingindo um grau ainda mais elevado quando reflito sobre o significado do número 21 para o nobre Confrade Jerônimo Dix-Sept Rosado Maia Sobrinho; e do número 43, cuja patrona é Natália Bezerra, que teve um significado todo especial na vida profissional da Confreira Franci Francisca Dantas.

Eis-me aqui, então,
Clamando ser banhada
Pelo dom da ciência,
Para que na singeleza desse momento
Esteja eu Fortalecida pela satisfação
De estar imbuída do entendimento
E poder penetrar nos fatos essenciais

Da história de vida de Dix Sept e de Franci Dantas, que os fazem merecedores do status da imortalidade das cadeiras 21 e 43 da ACJUS.
Eis, Senhor Presidente Confrade José Wellington Barreto, a minha necessidade de inspiração!
E que necessidade!
Mas, para não ser cansativa, senhor Presidente, os currículos de ambos pleiteantes à imortalidade estão exaustivamente detalhados nos anexos A e B na plaqueta deste meu discurso, e que todos terão acesso, o que me exime do compromisso de sua leitura na íntegra. 


Mesmo assim, clamo por inspiração porque quero falar para os nobres e diletos confrades e confreiras, bem como para essa seleta plateia, o perfil da atuação de ambos os profissionais, com simplicidade, mas banhada de criatividade imaginativa, inundado de amor o significado desse momento que ultrapassa o mero pensamento abstrato.

DIX SEPT

Médico Pediatra, Professor, Escritor e agente cultural, possui graduação em medicina pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (1980). Pós-Graduação em Pediatria e Puericultura pela UFRN. Título de Especialista em Pediatria pela Sociedade Brasileira de Pediatria. Ex Secretário Municipal de Saúde de Mossoró, RN. Ex Presidente do Conselho Estadual dos Secretários Municipais do Rio Grande do Norte. Atualmente é Professor do Curso de Medicina da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte da graduação da Disciplina de Pediatria e Puericultura . Atua como médico pediatra no ambulatório da APAE Mossoró-RN. Tem experiência na área de Medicina, com ênfase em Pronto-socorro infantil e Saúde Materno-Infantil. Ex-Membro do Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão-CONSEPE da UERN, Membro do Núcleo Docente Estruturante da FACS-UERN. Presidente da Fundação Vingt-un Rosado, entidade sem fins lucrativos que já editou e publicou mais de 4.700 títulos.

FRANCI DANTAS

Professora por formação, leitora por opção e Artista Plástica por vocação, ao longo da sua existência tornou-se fácil observar determinados patrimônios herdados de alguns familiares. O dinamismo para o trabalho, a tendência para a leitura, escrita, o gosto pelo estudo, facilidade para o desenho e a pintura. O trabalho é produção, a leitura é magia, a escrita é o imaginário e a arte é a criatividade. Artista Plástica autodidata e leitora insaciável desde criança. Sempre gostou de estudar, o que ainda exerce tal prática. Faz pesquisa pela descoberta, pela sede de saber, prática alimentada pelo convívio com livros, pincéis e tintas. Valoriza o trabalho como crescimento profissional e visão para o futuro. Esse processo gera concepção, idealismo e muita determinação.

Senhor Presidente, eis o perfil dos elogiantes desta noite memorável, cuja imortalidade dará solidez ao projeto institucional da ACJUS, enquanto academia comprometida com a ciência, a arte, o humano e com um dos maiores ensinamentos que nos legou e o de que é possível obedecermos à lei do universo que nos ensinou Lao-Tsé:
“as diferenças não constituem obstáculo à convivência respeitosa entre diferentes, à harmonia entre os contrários, ao louvor à pluralidade”.

Somos todos herdeiros da vocação criadora de Deus e nossa missão no mundo é construir, provocar a produção da arte e da cultura, cada uma na sua medida certa.

Diz Lao-Tsé no segundo poema:
“O fácil e o difícil se completam.
O grande e o pequeno são complementares.
O alto e o baixo formam um todo.
O som e o silêncio formam a harmonia.
O passado e o futuro geram o tempo”.

Senhor Presidente, Confrades, Confreiras, Autoridades, convidados e estimados amantes da Cultura Dix Sep Rosado, Franci Dantas, permitam-me trazer a esta saudação algumas passagens da letra da canção Construção, de Chico Buarque, lançada em 1971, que conta a história da vida de um trabalhador da construção civil, que se adequa muito bem aos elogiantes desta noite, que erguem tijolo a tijolo o edifício da cultura mossoroense:

Diz Chico Buarque:
Subiu a construção como se fosse máquina
Ergueu no patamar quatro paredes sólidas
Tijolo com tijolo num desenho mágico
Seus olhos embotados de cimento e lágrima
Tijolo com tijolo num desenho lógico
Por esse pão pra comer, por esse chão pra dormir
A certidão pra nascer e a concessão pra sorrir.

Dix Sept segurou com firmeza o projeto do seu pai e reiniciou a construção de um obstinado sonho de respirar cultura.

Franci, segura com pulso de ferro e ergue com cimento armado o projeto da Academia Mossoroense de Artistas Plásticas (AMARP).

Concluo dizendo:

Dix Sept! Franci!

Obrigada por este momento em que me deleitei com os exemplos de dignidade, fraternidade e solidariedade das suas histórias de vida.

Obrigada por, através das leituras dos registros dos fatos sobre suas histórias, ter aprendido a amar mais a cultura e saber mais sobre o trabalho de produção cultural.

Com eles aprendi que o simples é que é o luxo.

Senhor Presidente da Academia de Ciências Jurídicas e Sociais de Mossoró – ACJUS, Confrade José Wellington Barreto, é por esta minha fala e muito mais que:

a)O confrade Jerônimo Dix Sept Rosado Maia Sobrinho goza das prerrogativas de ser imortal da cadeira 21 da nossa douta Academia; e

b)A Confreira Franci Francisca Dantas goza das prerrogativas de ser imortal da cadeira 43 da nossa douta Academia.

Muito obrigada e viva a Academia de Ciências Jurídicas e Sociais de Mossoró – ACJUS.

Nas Trilhas da Cultura

Jerônimo Dix-Sept Rosado Maia Sobrinho - Cadeira 21

Franci Francisca Dantas - Cadeira 43

Mossoró-RN, 31 de maio de 2019

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