segunda-feira, 26 de dezembro de 2016

CRISTO EM NÓS – SEMPRE

Por que não sermos o altar de Jesus Cristo, hoje, amanhã e sempre?

Não somente no Natal, mas permanentemente, com serena e inquebrantável vocação e de grandeza na humildade, mesmo parecendo um paradoxo, sem ser.

Uma palavra em latim, chama a atenção: Christianus alter christus, ou seja: “o cristão é um outro Jesus Cristo.”

Não quer isso afirmar que somos imaculados, divinos, infinitos, embora possamos sê-lo, através de um lento, persistente e caridosamente pelo envolvimento na integralidade do seu amor, numa nova vida.

Somos Nele, por Ele, na vida que a Ele dedicarmos, conduzindo, em todos os instantes e momentos, através do comportamento, da caridade, do amor ao próximo, atendendo os aflitos e pondo amor em todas as nossas ações, todos os dias, não só hoje.

E quanto mais for esse amor, quanto mais pesada forem os nossos deveres cristãos, quanto mais pesada as cruzes carregadas, visando o bem do próximo, com maior contundência, de maneira marcante,será a sua presença em nós, daí fazer sentido aquelas palavras latinas, pois ele está em cada um que com resignação conduzir em seus ombros, sentir em suas carnes, material e espiritualmente, o peso das suas cicatrizes, ou feridas abertas pelo esforço desenvolvido.

Poder-se-á dizer, não só no Natal, mas todos os dias, que é chegado o momento propício, para uma passagem de vida interior do ser humano. E isso, é na realidade, quando se concretiza e se pratica o envolvimento integral, uma verdadeira passagem, numa transcendentalidade que vai do finito ao infinito das nossas células mais íntimas, por força da intensidade do amor, nascido de um Ser que, com a sua presença, divinizou o humano, através de um sopro de Luz, que emergiu de um simples berço de palha.,

Foi ali o nascimento e o caminho da paz através do amor absoluto, gerador da própria salvação de todos, num só, permitindo, pela bondade infinita, pela entrega total, que aquela Luz não se tornasse estática, mas resplandecente e contínua, pois representativa de um novo amor, de uma nova esperança, de um novo sentimento salvífico que se completará através dos tempos, pela força do espírito, incrustada no ser humano, por obra e graça de um Ser com força Divinal, vindo à lembrança, mais uma vez, àquelas palavras latinas, pois.Jesus Cristo se completa em nós.

Façamos em nós, então,,como parte integrativa desse todo escolhido pela força divinal de um menino de Luz,o instrumento concreto do amor, da paz, da harmonia, numa transposição espiritual, sempre em seu nome, do bem presente para o bem futuro, fazendo com que o brilho e as vibrações benéficas emanadas do coração, que se formaram antes, se constituam num caminho de bondade, pelo amor recíproco, inspiração maior daquela Luz, a Luz de um menino, numa manjedoura, que espargindo um brilho incomum deu vida e sentido à própria humanidade.

E dentro dessa atmosfera de iluminação, de nascimento, de amor e de sublimação da vida, que nos foi legada na Cruz por aquele que se fez homem para redimir a todos, com o seu sagrado sangue, é que, olhando um para o outro num simples toque de mãos, expressemos os nossos desejos de que a felicidade natalina, e o ano que se aproxima, não sejam apenas frivolidades festivas, ou uma simples mudança no calendário, mas a representatividade humana da própria vida, iluminada, por Aquele que fez dela o instrumento maior do seu amor.

Mossoró, dezembro de 2016


Elder Heronildes (Advogado, Escritor, Acadêmico da AMOL e ALRN. É Sócio Benemérito da ALAM


Zélia Macêdo (Advogada, Jornalista e Radialista, ocupando a Cadeira 25 da Academia de Letras e Artes de Martins - ALAM,)

terça-feira, 20 de dezembro de 2016

DISCURSO PROFERIDO POR JOSÉ NILSON RODRIGUES NO ATO DE POSSE COMO SÓCIO BENEMÉRITO DA ALAM


10 de dezembro de 2016

Ilustríssima Professora Doutora Taniamá Vieira da Silva Barreto, Presidente da Academia de Letras e Artes de Martins (ALAM)

Senhores Acadêmicos

Demais autoridades aqui presentes

Minhas Senhores, meus Senhores.

Inicialmente quero transmitir à Presidente desta Academia e aos demais acadêmicos, o abraço fraterno da Professora Jucileide Ferreira Leitão, Presidente da Academia Norte Rio-Grandense de Ciências Contábeis, entidade da qual, com muito orgulho, faço parte como ocupante da sua cadeira nº 31.

Recebi com humildade, mas sem esconder a minha apreensão, a incumbência que me deu a Presidente desta Academia, falar em nome dos agraciados desta noite. E recebi essa missão, não por me julgar à altura da tarefa, mas em homenagem a esta Academia tão jovem, constituída em 14/03/2014, e que já nasceu imbuída de buscar no anonimato das possibilidades dos seus munícipes, as veias que possibilitam fluir os seus valores culturais. Valores esses que nada mais são do que os talentos que dão contorno à Identidade Cultural de Martins, especificamente na Produção Literária ou Textual – nas suas variadas formas, gêneros e tipos; na Linguística – Comunicação verbal e informal; nas Artes Visuais – pinturas, desenho, fotografia, cinema, audiovisual, gravura, escultura, cerâmica, moda, tecelagem e design; na Música – regência, instrumentação musical, composição e canto; na Dança – coreografia e execução da dança; e no Teatro – dramaturgia, direção teatral, cenografia, e interpretação teatral.

Permita-me, Sra. Presidente, que eu traga para vossa mente iluminada o pensamento de La Fontaine, que diz: “Pela obra se conhece o artesão”. É que ele se adapta perfeitamente à vossa pessoa, no tocante à obra que vem sendo realizada nesta Academia, desde a sua fundação, dignificando-a e engrandecendo-a com o trabalho e realizações propostos no início de sua gestão.

Sei, por conhecimento próprio, o quanto custa dirigir, nos dias difíceis que estamos vivendo, qualquer instituição que, por sua natureza ou constituição, não oferece ou não pode dar remuneração pelos serviços prestados. Para isso, precisa-se ter alto espírito de renúncia, saber sacrificar-se pelo bem comum, enfim dar-se inteiramente, sem nada desejar ou pedir em troca. E, mais que tudo e com austeridade, é preciso fechar os ouvidos aos críticos azedos e aos eternos maldizentes, que proliferam em toda a parte. E a única resposta que se tem para tudo isso é o trabalho. É a eficiência da administração. É o devotamente pela causa abraçada. É o amor pela coisa amada.

E como prova concreta desse trabalho, estamos presenciando a realização do I Congresso em Educação, fruto do esforço da presidente e membros desta Academia de Letras e Artes de Martins, e que acontece na Casa da Cultura Popular e no Hotel Serrano de Martins nos dias de hoje e amanhã, 10 e 11 de dezembro, em parceria com a Faculdade de Ensino Integrado de Mossoró (FAEM) e o Centro de Estudos Avançados Pós-Graduação e Extensão (CEAPE).

É exatamente isso o que vindes fazendo, como artesã das coisas das letras e das artes, na Presidência desta egrégia Instituição, com o apoio diuturno de vossos ilustres e doutos pares. Parabéns - é o mínimo que desejamos a todos os senhores acadêmicos e e as senhoras acadêmicas pela concretização desse evento.

Senhora Presidente, Senhores Acadêmicos,

Graças à vossa extrema benevolência aqui nos encontramos para receber o honroso título honorífico que generosamente nos outorgastes. Além da minha pessoa, aqui também se encontram os agraciados Ivo Ribeiro Bezerra, Luiz Gonzaga de Oliveira, Josilene Morais Monteiro, Welma Maria Ferreira de Menezes.

Quero, em nome de todos os homenageados, dizer da nossa vaidade e da emoção que sentimos ao receber este título. Na verdade assim o é porque ele tem um grande valor para todos nós que o recebemos. Agora só nos resta agradecer esta homenagem, não pela vaidade de sermos reconhecidos, mas pela afirmação coletiva de que nossos atos como cidadãos profissionais tiveram reconhecimento.

Por fim, falando uma vez mais por todos os agraciados, não poderia deixar de saudar respeitosamente todos os membros desta Academia, e dizer-lhes do nosso compromisso de honrar o título que recebemos com a visão dos pilares de grandeza construída com a integridade e a dignidade dos valorosos senhores e senhoras acadêmicos.

Por isso, vamos ostentar este título honorífico com muito orgulho e incorporá-lo ao nosso currículo, convictos de que se ainda não o merecemos por completo, muito faremos para justificá-lo.

Muito obrigado.