quarta-feira, 17 de julho de 2019

ALFÉTENA




Taniamá Vieira Barreto (17/07/2019)






Debruço-me sobre o pensamento

Despejo no lixo o luxo do racismo,

Que nega as atrocidades cometidas

Rasgo a seda que cobre o teu corpo

Volvo o olhar p’ro firmamento.


Descalça, corro entre os espinhos

Procuro entender a história em festa

Descubro no tom Amarelo

A lenda desfeita em Cor

Nos sangrentos passos do caminho.


Salto nas chamas da fogueira

Entro no abismo do escarninho

Com orgulho lavo a pilha de pratos

Desnudo sua Negra Alma

Desalinham e realinham!


Recolho as gotas d’água negras

Sangue Negro

Ensina a gente andar ligado nas ruas

História e maldade

Igualdade! Racial! Colonial!

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