quarta-feira, 29 de agosto de 2018

A FACE SINGULAR DE UM INTELECTUAL



Profa. Dra. Taniamá Vieira da Silva Barreto[1]


Fui surpreendida pelo Presidente da Academia de Ciências Jurídicas e Sociais de Mossoró (ACJUS), José Wellington Barreto, solicitando um texto de duas laudas sobre o Presidente de Honra da citada Academia, Elder Heronildes da Silva. Refleti! Pensei! Relutei!

Como sintetizar em tão poucas páginas a vida de um intelectual que tem dedicado toda sua existência à produção e semeadura do conhecimento? Um Advogado de sucesso; um Escritor sensível; um gestor de altos empreendimentos; um Professor íntegro, comprometido com o bem-estar social da humanidade, um verdadeiro socialista? Impossível!

É necessário, pois, fazer um recorte no tempo e anunciar para o leitor o que foi possível dizer sobre Elder Heronildes; com destaque para o que sinto e penso sobre ele.

Há 48 anos conheci Elder Heronildes, quando o mesmo desempenhava suas funções de Vice-Reitor (Gestão de 1973 a 1977) e de Reitor (Gestão de 1977 a 1981) da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN) e no acompanhamento da sua vida docente e de escritor. Ao longo dessa trajetória aprendi a admirá-lo, principalmente pela sua capacidade de extrair do insensível a sensibilidade das coisas.

As palavras fogem, nesse exato momento, para descrever e/ou até mesmo enfatizar a importância que Elder Heronildes tem nas Instituições UERN e Academia Mossoroense de Letras (AMOL), sem deixar de rememorar sua atuação nos espaços culturais do ICOP, Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Norte (IHGN), da Academia Norte-rio-grandense de Letras, Academia Maçônica de Letras do Rio Grande do Norte, Academia Apodiense de Letras, Academia de Letras de Campina Grande, Associação de Escritores Mossoroenses e Academia de Letras e Artes de Martins (ALAM).

Seus escritos englobam um grande acervo de publicações, dentre os quais registro: O Casamento, Fatos e Vidas que são presenças, Gente do Oeste Potiguar na “Província Submersa”, Uma data e dois homens, Raimundo Rubira da Luz e A Rua de Jaime; porém, dizendo que as demais produções são de igual relevância, tanto em qualidade como em contribuição social e cultural.

Parafraseando Johann Wolfgang von Goethe, o verdadeiro, o bom, o inigualável, Elder Heronildes, é simples, na sua singeleza intelectual e é sempre idêntico a si mesmo, porque é ousado.

Os limites da ousadia de Elder é a sua própria possibilidade de continuar criando e recriando discursos, crônicas e poesias sobre temas inovadores, com argumentos criativos, deixando transparecer na prática a filosofia socrática de que “uma vida sem desafios não vale a pena ser vivida”.

Estou aqui falando do Elder intelectual. Porém, não ouso esquecer do seu papel familiar de filho, pai, avô genro, cunhado, amigo e esposo.

Falar sobre a pessoa de Elder Heronildes é imprescindível falar na pessoa de Zélia Macedo, que esteve sempre passo a passo ao seu lado. Zélia é ser iluminado, altamente competente em tudo que faz. A Lady, dona de uma docilidade e de uma simpatia que contagiam a todos que estão ao redor.

Ao seu lado, o escritor Elder, amigo das pessoas e da poesia, sempre atendendo todos os chamados a participar das vidas dos que o cercam e de se entregar de corpo e alma à cultura letrada e à vida do homem social e histórico.

A relevância dada por Elder ao conhecimento inacabado e a humanização para lidar com a família e os amigos é ímpar. Talvez esteja aí o segredo da sua carreira profissional vitoriosa e sua história de vida familiar permeada de respeito e amor.

Aliás, parafraseando o grande Escritor, Cientista, Mestre de Poesia, Drama e Novela Johann Wolfgang von Goethe relativizo o conteúdo deste texto e deixo para o leitor a interpretação da realidade do convívio com os desafios enfrentados através da sua própria vida e sobre a singeleza da intelectualidade do Acadêmcio Elder Heronildes da Silva, o que significa cada um elaborar seu próprio conceito.

Encerro, então, meus registros porque o fôlego para produzir letras do Dr. Elder é ilimitado; bem porque, por conta da sua generosidade intelectual, dos conhecimentos, saberes e das ideias, por ele produzidos, delego ao mundo dos intelectuais dar o alto valor aos seus pensamentos singulares representativos da “cultura elderiana”.








[1] Professora, Pesquisadora, Poetisa e Artista plástica.

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