sábado, 30 de julho de 2016

Oração de Elogio ao Patrono da Cadeira 05 da Academia de Letras e Artes de Martins - ALAM

ELIZEU VENTANIA
Por Antônio Clóvis Vieira[1]
APRESENTAÇÃO
 


Não tenho caminho novo. O que tenho de novo é o jeito de caminhar. (Thiago de Melo)
O significado da ciência não pode estar dissociado da criatividade assim como as condições intelectuais de integrar uma instituição que se compromete com o desenvolvimento da cultura e da produção do conhecimento, como é o caso da Academia de Letras e Artes de Martins - ALAM.
Neste sentido, na qualidade de Cordelista, Pesquisador e Advogado martinense, entendo que é meu dever homenagear a pessoas que contribuíram para a historia social e política de Martins alicerçada, não só no resgate das minhas memórias, mas no significado das fontes das informações sobre Elizeu Ventania, aproximando-nos o máximo possível do caráter histórico documental sobre o perfil pessoal e profissional da vida do Homenageado.
Na certeza de que o compromisso assumido tem credibilidade exponho informações niveladas ao nível de qualidade do homenageado, cujos valores éticos foram praticados, com base em relações humanas e duradouras, engajadas no sentimento profundo vindo do coração poético. Tudo conjuga com a essência de Elizeu Ventania, quando diz:
O povo diz que cada uma criatura
Tem uma estrela que ilumina seu viver
Já sei que a minha não acende está escura
E se acende, está distante, não me vê
Eu não conheço o que é felicidade
A humanidade escurece meu valor
Vivo rompendo a maior dificuldade
Ninguém no mundo da um passo em meu favor.

A minha estrela toda vida é apagada
Tudo no mundo é difícil para mim
Prá onde olho vejo espinho em minha estrada
Não sei por que o grande deus me fez assim
Se é verdade que existe a minha estrela
Há muito tempo pra o meu lado escurecer
Se há fortuna eu não pude recebê-la
Não há quem seja sofredor mais do que eu.

Feliz quem nasce numa estrela reluzente
Arranja tudo que quizer, sem se vexar
Pra onde olha vê fortuna em sua frente
A sua estrela lhe ajuda a melhorar
Porém a minha se existe é apagada
Por isto mesmo, é que estou sofrendo assim.
Quem tem meu signo é infeliz, não goza nada
Felicidade nem se fala para mim.

Existe gente que me diz que o tempo muda
Mas o meu tempo até hoje não mudou
A minha estrela é apagada, não me ajuda
Às vezes penso que Jesus me abandonou
Eu vou agora esperar que o tempo mude
Pra ver se é certo o que sempre o povo diz
Talvez um dia a minha estrela me ajude
E eu ainda seja um ente bem feliz.

Assim é que conto em sextilha cordel um pouco da história de vida do grande cancioneiro Elizeu Ventania:
Eu pretendo nestes versos
Também homenagear
O nosso rei das canções
É dele que vou falar,
Grande Elizeu Ventania
Cancioneiro exemplar.

Da Cidade de Martins
Donde ele é natural
Seu pai se chama Eustáquio
Visão dimensional
A sua mãe Conceição
Uma mulher sem igual.

Ele tinha três irmãos
Um se chamava Agostinho,
O mais novo era José,
Nascido do mesmo ninho
Sem esquecer que Jocosa
Cuidou com todo carinho.

Com João Liberalino
Em dupla cantavam bem,
Trovando em pé de parede
Não perdiam pra ninguém
Nota de improvisação
Em vez de dez era cem.

Foram quarenta e dois anos
Que empunhou o violão,
Com dezoito de idade
Fazia bela canção
Com o seu estilo próprio
Para comunicação.

Cantou em vários programas
Da emissora Rural,
Tapuyo e libertadora,
E Cabugí de Natal
Do Rio Grande do Norte
Capital Espacial.

Ganhou fama em Mossoró
Quando entrou na Difusora,
Na Rural de Caicó
Cidade acolhedora,
Na Clube do Ceará,
Terra bela e promissora.

Foi na TV brasileira
Que Elizeu cantou bem,
Na antiga Verdes Mares
Ele improvisou também,
E na TV Ponta Negra
Cantou igual um vem-vem.

No Vale do Jaguaribe
Cantou na Educadora,
Também na Rádio Progresso
Uma grande emissora,
La da Cidade de Russas
Região conservadora.

Vivia fazendo amigos
Por todas as regiões,
Participou de eventos
Que atingiu dimensões,
Por isso ganhou o titulo
“Elizeu rei das canções”.

Cantando ele defendia
O nosso trabalhador,
Foi Elizeu Ventania
Um Ilustre cantador,
Que cantou a folha seca
Com o perfume da flor.

Cantou com muito sucesso
Invernada no Sertão,
Porque todo agricultor
Adora de coração
A chuva que cai na terra
Criando a vegetação.

Elizeu gravou dois discos
Os quais o povo agradece,
Folheto, CD e fita,
Quem gosta não se esquece
A Cidade de Martins
Seu talento reconhece.

O Brasil todo conhece
Seu nome imortalizado
E o Nordeste também
Quem mais lhe fez convidado,
Até pelos acadêmicos
É ele homenageado.

Todo Brasil reconhece
Sua bela melodia,
Seja ritmo de canção
Ou estilo cantoria,
Seus versos improvisados
E o encanto da poesia.
Elizeu com sua voz
Se destacou dos demais,
Chegou a participar
Dos maiores festivais,
Com folha seca ganhou
Fama dinheiro e cartaz.

Martins reconhece e zela
O nome desse poeta
Que cantou e encantou
Igualmente a um profeta,
Entrou para a Academia
Uma atitude correta.

Elizeu meu bom poeta
Quando gravaste o LP,
Mossoró lhe apoiou
A razão digo porque
Fizeram até uma estátua
Em homenagem a você.

Finalizo e agradeço
A todos os bons leitores,
A Elizeu ventania,
E poetas escritores
Que valorizam a cultura
E os seus bons seguidores.

Como eu sou Advogado
Eu conheço muito bem
A lei que dá o direito
Que todo cidadão tem,
Por isso dou um conselho
Vá atrás do seu também.

Colegas da OAB
E leitores em geral,
Observe esse meu verso
Visivelmente ideal
Improvisar é preciso
Sabedoria informal

CONSOLIDANDO
Elizeu Elias da Silva, nascido no sitio Jacu, no município de Martins em 20 de julho de 1924, veio a falecer em Mossoró, aos 74 anos, em 99 de outubro de 1998.

Desde criança se identificou com a música e aos 18 anos percebendo sua vocação, decidiu fazer da cantoria o seu ganha-pão, influenciado por outros violeiros. De início, pensou em se chamar Elizeu Serrania para homenagear a cidade de Martins, mas descobriu que já havia artista com o mesmo nome e então, optou por Ventania.
Aos 18 anos seguiu para Fortaleza onde, com a convivência com outros violeiros se aprimorou na arte da cantoria e iniciou sua trajetória artística. Durante anos, viveu apenas das canções, do repente e da viola, viajou todo o Nordeste, Norte e Sul do País fazendo cantorias e com outros cantadores, entre eles João Liberalino com quem formou uma das mais famosas duplas de toda a região. Juntos eles foram para o rádio com o programa Rimas e Violeiros, sucesso por mais de vinte anos e companheiro com quem gravou o LP O Nascimento de Jesus em 1972.
Em 1971, Elizeu já havia gravado seu LP. “Canções de Amor”.
Em 1979 gravou o terceiro e último disco “Chorando ao Pé da Cruz”, pela Continental vendendo 40 mil cópias. 
Apesar de ser analfabeto, isso nunca o atrapalhou. Ele costumava declamar os seus versos até decorá-los. Depois com o uso de um gravador, as letras eram transcritas por amigos e familiares. 
Com os anos, seu trabalho foi ficando mais difícil. Aos 60 anos ficou cego vitimado pela catarata irremediável diante da falta de condições de pagar um caro tratamento. 
Nos seus últimos anos de vida, Elizeu era figura urbana, conhecido por sua banca ao lado do mercado público central, onde cantava as músicas e vendia fitas cassete com as gravações. Ele calculava ter vendido mais de 100 mil fitas
cassetes. 
Pouco tempo depois, nos últimos dois anos de vida, Elizeu Ventania já não estava mais gravando e vivia da ajuda financeira dos filhos. Nessa época o cancioneiro já não vivia mais com a mulher legítima, Francisca Limeira Sales, há mais de quinze anos. Toda a doença foi acompanhada de perto por sua companheira Benedita Neuma Sena, com quem conviveu os últimos vinte anos de vida.
O cancioneiro teve ao todo oito filhos. Em 19 de outubro de 1998 ele faleceu após uma parada cardiovascular no Hospital Regional Tarcísio Maia (HRTM), em Mossoró-RN, oriundo de um enfisema pulmonar e depois de quinze dias de internação na UTI. Deixou mais de 200 composições inéditas e uma trajetória a ser recordada pelos cantadores de todas as gerações.

Encerrando, quero expressar minhas homenagens e agradecimentos a todos que direta ou indiretamente contribuíram para que este Documento fosse elaborado.

Tenho a crença de que o sonho é possível sonhar e se indagar sobre a vida. Tenho convicções de que:
Juntei a carcaça da lembrança
Busquei o que não mais encontrava
Percebi que muito ainda buscava
Muito pra ser feito e aprendido
Para encontrar o perdido
Com amor e fraterna esperança.

Aprendi que a coragem não é ausência do medo, mas o triunfo sobre ele. (Nelson Mandela) 

O PRIMEIRO OCUPANTE DA CADEIRA 05: ANTÔNIO CLÓVIS VIEIRA
OAB/RN – 6.450 / OAB/CE – 30.140
Endereço: R. Maria Perdigão, 21, Ind. II, CEP 59.600-000
Telefones: (84) 9451-1029 – (84) 8827 – 6939

E-mail: clovis_2001@hotmail.com

Meu jeito de caminhar.
Confunde-se com as ondas,
Que vão e veem sem avisar,
Construindo ideias cândidas.
Novas ilusões! Novos ventos!

 MINHA CAMINHADA

Mestre em Formação Educacional, Interdisciplinaridade e Subjetividade, Advogado, Professor Licenciado em Matemática e Técnico da CAERN; mas, acima de tudo, cidadão que se preocupa com a ética e a qualidade de vida, fazendo da poesia cordelística o instrumento de expressão dos meus sentimentos; seja no cotidiano pessoal de vida, seja atuando como professor.
Martinense de nascimento; mas mossoroense de cidadania e de coração, pisei no solo de Mossoró em 1970, aos 06 anos de idade, de onde não mais sai. Aqui integrei os trabalhos de evangelização Social de Padre Guido, na Paróquia de São José, quando jovem, estudei, casei, com Maria da Saúde Torres, tive 03 filhos e hoje sou avô de uma neta.
Graduei-me em Matemática pela Universidade Regional do Rio Grande do Norte e Bacharel em Direito pela Faculdade Mater Christi, onde atuei como professor; sendo hoje professor da Educação Básica, na rede municipal de ensino de Mossoró.
Ainda enquanto estudante da UERN fui estagiário do Projeto Universidade X Prefeituras, onde fui instrutor nos cursos de formação dos professores leigos, com a disciplina Metodologias Alternativas no Ensino da Matemática.
Na minha profissão de advogado autônomo há 08 anos procuro contribuir para a melhoria das condições de vida dos idosos, jovens e pessoas deficientes, atuando em defesa dos seus direitos, estando hoje com milhares de ações nos Estado do Rio Grande do Norte e no Ceara.
Desde a infância sou afeto à criatividade e à descoberta do significado da literatura para a vida das pessoas.
Na qualidade de escritor e cordelista são várias a minha produção: 15 Cordéis e 01 livro “Lembranças e Rimas”.
Os cordéis são: O Advogado Humilde e o Morador de Rua, Entre o Amor e a Razão, História de Elizeu Ventania, Lembrando os Tempos de Outrora, A Burra do Mentiroso, Achado não é Roubado, As Mulheres que Botaram uma Onça para Correr, Caçada Implacável, Canário, Piaba e Valente, Ciladas do Destino, Chico Filho: Exemplo de Superação, Lamentos de um Torcedor, Desafio em Cordel, Lamentos de um Advogado.
Entre as pesquisas realizadas destacam-se: (1) Cabimento do Mandado de Segurança na Justiça do Trabalho e Execução Provisória na Justiça do Trabalho e (2) Contribuição Social do Professor Leigo: Subjetividade e Práticas Pedagógicas Interdisciplinares.
Atuo como membro da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), do Sindicato dos Servidores Públicos de Mossoró (Sindserpumab), Associação dos Empregados da Caern (ASSEC) e Sindicato dos Distribuidores de Água (SINDAGUA).
Entre as atividades culturais integro as seguintes instituições:
a) Primeiro Ocupante da Cadeira 05 da Academia de Letras e Artes de Martins (ALAM), tendo como Patrono Elizeu Ventania;
b) Primeiro Ocupante da Cadeira 19 da Academia de Ciências Jurídicas e Sociais de Mossoró (ACJUS), cujo Patrono é Luiz Colombo Ferreira Pinto Neto;
c) Sócio Efetivo do Instituto Cultural do Oeste Potiguar (ICOP);
d) Sócio Efetivo da Sociedade Brasileira de Estudos do Cangaço (SBEC); e,
e) Sócio Efetivo da Academia de Cordel de Mossoró.
Enquanto Assessor Jurídico alio-me aos munícipes pela conquista da efetividade das políticas públicas como patrimônio inalienável dos cidadãos, tendo na Lei Orgânica Municipal e no Plano de Cargos e Salários os maiores instrumentos para tais conquistas.
Por estes registros, entendo, está ai o motivo maior do meu ingresso na Academia de Ciências Jurídicas e Sociais de Mossoró, a qual tem grande contribuição para o meu caminhar no aperfeiçoamento na produção científica no que tange o Cabimento do Mandado de Segurança na Justiça do Trabalho e Execução Provisória na Justiça do Trabalho e a Contribuição Social do Professor. Bem porque:
Entendo que o advogado
Não é o que todos pensa,
Defender quem tá errado
A profissão é propensa
Mas nem para Advogado
Um crime jamais compensa!

Dr. Clóvis



[1] Elogio proferido em 08 de Novembro de 2014, no salão nobre do Hotel Serrano.

A menina da roça Taniamá nasceu vocacionada para o saber[1]

Carlos Alberto Lima Filgueira[2]
(Primeiro Ocupante da Cadeira 15 da Acjus)

Saudação às autoridades...
Noite de júbilo, de contentamento para todos que fazemos a Academia de Ciências Jurídicas e Sociais de Mossoró – ACJUS. Peço vênia, antes de iniciar a apresentação da ilustre acadêmica Drª Taniamá Vieira da Silva Barreto, para proceder a um registro de que julgo merecedor o caminhar inicial da ACJUS, e que diz respeito à Sessão Magna de Instalação e Posse dos Acadêmicos, na noite memorável de 24 de julho de 2015, realizada no seleto auditório da Ordem dos Advogados do Brasil Seccional de Mossoró (OAB), representação de Mossoró. Feliz a ACJUS, por já iniciar a sua trajetória de trabalhos no campo das ciências jurídicas e sociais, sendo acolhida por uma Entidade que positivamente representa um marco na defesa da ordem democrática e dos direitos humanos.  Tanto assim que, no apogeu do golpe militar, de 1964 a 1985, ao lado da ABI, do lendário Barbosa Sobrinho e da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil – CNBB, a OAB desempenhou papel de notória resistência a todos os atos repressivos contra a dignidade de milhares de brasileiros, e que, desta forma, macularam a nação como um todo. Parabéns, pois, Drªs Juizas, Drs. Juizes, Drªs advogadas, Drs advogados, confreiras e confrades, por pertencerem a uma Entidade de tamanha expressividade. Parabéns ao Dr. Aldo Fernandes, liderança jovem que, na atualidade, preside a OAB local, com discernimento e competência. Seria de bom proceder que as duas entidades, OAB e ACJUS, pudessem ser parceiras em defesa do estado de direito e contra quaisquer resquícios de autoritarismo no conjunto da sociedade, além da possibilidade de juntas, produzirem novos saberes.
Findo esta parte exordial de minha fala expressando, de todo coração, a felicidade do privilégio de apresentar tão ilustre acadêmica, a confreira Drª Taniamá Vieira da Silva Barreto, o que, julgo, deve-se à bondade do seu coração e à amizade que mantemos ao longo da vida, notadamente no convívio acadêmico.
Daí que não poderia deixar de apresentar-lhe os mais sentidos parabéns pela escolha feliz do Patrono de sua cadeira N° 3, o Dr. Laplace Rosado Coelho, que, em vida, foi exemplo de honradez, ética, solidariedade, humildade, além de o notório saber. Foi-me, pois, privilégio, ter-lhe sido assessor direto, quando ele presidia a então URRN/ FURRN, nos momentos mais difíceis da Instituição, e por ter-lhe recebido belas lições de vida.

DADOS BIOGRÁFICOS DA ACADÊMICA
Nome completo: Taniamá Vieira da Silva Barreto
Local de nascimento: Martins/RN
Nome dos pais: Jorge Julião da Silva e Maria Alexandrina da Conceição
Nome do Esposo: José Danilo Barreto.
Filhos: José Danilo Barreto Junior, Danúbio Anildomá Vieira da Silva Barreto e Maira Dalila Vieira Barreto.
Atualmente reside em Mossoró – RN, na Rua Dr. Moisés da Costa Lopes, Nova Betânia.
Interessante acrescentar que, conforme depoimentos da própria acadêmica, seu nascimento foi, precisamente, na zona rural da serra de Martins, na localidade Pico dos Carros. Depois, seus pais estabeleceram residência no Sítio Canto, distante 3 km da zona urbana.
Dos seis aos 15 anos de idade, sua vida se dividiu entre as atividades de estudante e a lida no plantio de algodão, feijão, milho e mandioca.
As limitações financeiras dos seus pais não lhe diminuíram, no entanto, a grandiosidade da formação ética e religiosa que,  no dizer da acadêmica, foi regada com muito amor, paz, harmonia e fé, através dos exemplos fervorosos dos pais e avós.  
Os seus pais, sensibilizados com a determinação da filha Taniamá, que já se mostrara de muita afeição aos estudos, e com o compromisso na formação dos 13 filhos, transferem-se para Mossoró, onde a menina da roça, passo a passo, alça o verdadeiro vôo; o voo da liberdade, através dos vastos saberes adquirido. Vale acrescentar que, de uma prole de 13 filhos, 11 tiveram o privilegio da formação superior. A confreira Taniamá, terceira filha, é a primeira a formar-se.
Dos depoimentos colhidos de alguns dos seus familiares, sobre a pessoa da acadêmica Taniamá, merece destaque o do esposo, senhor José Danilo Barreto: “Eu não tenho nem palavras para definir a mulher, a esposa Taniamá. Compreensiva ao extremo. Companheira solidária em todos os momentos da minha vida. Mãe exemplar. Além do orgulho que sinto em conviver com uma mulher dessa magnitude”.
Da irmã Lila: “Teve uma representação cultural marcante em minha vida. Vejo-a como uma pessoa perseverante, obstinada em tudo o que faz. Os valores cristãos estão em primeiro plano. Como filha, representou, e ainda representa, orgulho e incentivo a todos os irmãos”.
Do irmão Clóvis: “Para mim é como uma mãe. Foi a precursora, a primeira a se formar, além de representar incentivo a todos os irmãos. Em termos de educação, foi paradigma para todos”
Do sobrinho Edílson: “Representação acadêmica. Sensibilidade humana. Sinônimo de religiosidade.”
Na condição de seu apresentador, tenho a dizer que, no cotidiano da nossa existência, dificilmente nos damos conta do valor incontestável de determinadas pessoas, que passam despercebidas de um julgamento de valor mais criterioso. É preciso haver uma convivência mais aproximada, o compartilhar das atividades profissionais e culturais, para percebermos que, bem perto de nós, existem pessoas verdadeiramente extraordinárias em todos os campos da atividade humana. A acadêmica Drª Taniamá constitui-se, aqui, um grande exemplo de vida.
Na URRN/FURRN, de antes e depois da estadualização, estivemos juntos participando de várias comissões, sempre no trato de soluções para a nossa amada universidade. Foi a partir daí que me dei conta dos inestimáveis valores da nobre confreira: amiga; colega solidária; raciocínio rápido; disciplinada e organizada, para quem não havia obstáculo que se não pudesse transpor. E o que é fato é que esses valores persistem até hoje, o que pode ser comprovado em todas as academias a que a confreira pertence.

FORMAÇÃO ACADÊMICA
Graduação: Graduação em Enfermagem, pela Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN) - de 1972 a 1976
Especialização:
·         Especialização em Tecnologia Educacional pela Universidade Federal do Rio de Janeiro.
·         Especialização em Administração Hospitalar, pela Faculdade São Camiliana de Hospitais.
·         Especialização em Programa de Pós-Graduação em Nível de Residência Universidade de Pernambuco, com área de concentração em Enfermagem Médica-Cirúrgica, tendo, recebido o título de Enfermeira Destaque da Faculdade de Ciências Médicas de Pernambuco.
Mestrado:
  • Mestrado em Enfermagem na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) de 1984 a 1986.
Doutorado:
  • Doutorado em Enfermagem na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) de 1993 a 1996

LIVROS PUBLICADOS
Biobibliografias: Acadêmicas da AFLAM (Org.) – 2015
Na Ponta da Pena: Poetização do Imaginário – 2015
Benedito Vasconcelos Mendes: um projeto,... Vários desafios. Organização coletiva com Susana Goretti Lima Leite – 2015.
Poesia e Bíblia: influencia do sagrado na poesia de Antônio Francisco – produção coletiva com Maria do Socorro de Albuquerque Gurgel – 2013
A Leitura e o Ensino Religioso: Dialogando com a pedagogia de Jesus - produção coletiva com Ivanilza Silva Nascimento e Marta Noberto de Sousa Aquino de Medeiros - 2013
Ser Secretário Municipal de Saúde: um desafio à intervenção gerencial do enfermeiro – produção coletiva com Suzana Alves de Azevedo Carneiro - 2003
Maria Alexandrina: uma cortina que se abre, uma vida que se esvai - 2011.
Da contemplação à devastação dos céus: entre poesias e crônicas – 2011
Mariana Neuman Vidal da Costa: reconstruindo sua história sua vida - 2011.
A Enfermagem no Contexto Administrativo: Humanização e Filosofia da Enfermagem – 1983
Contemplando os Céus - 1982

ARTIGOS CIENTÍFICOS
A prática de enfermagem em hospitais de Mossoró: da teoria à realidade
Correntes de Pensamento que Embasaram e Embasam A Pratica de Enfermagem
Um olhar sobre o Programa Brasil Profissionalizado.

TÍTULOS E HONRARIAS
- Professor Emérito da UERN.
- Membro Titular Efetivo e Fundadora da Academia de Ciências Jurídicas e Sociais de Mossoró (ACJUS), ocupando a cadeira 03.
- Acadêmica Imortal e Patronímica da Cadeira 57 do Conselho Internacional dos Acadêmicos de Ciências Letras e Artes (CONINTER)
- Sócia Efetiva do Instituto Cultural do Oeste Potiguar (ICOP)
- Membro Titular Efetivo e Fundadora da Academia Feminina de Letras e Artes Mossoroense (AFLAM), ocupando a Cadeira 12.
- Membro Titular Efetivo Vitalício e Fundador da Academia de Letras de Artes de Martins (ALAM), ocupando a Cadeira 01.
- Sócia Correspondente da Academia Apodiense de Letras (AAPOL)
- Sócia da Sociedade Brasileira de Estudos do Cangaço (SBEC)
- Medalha ao Mérito Educação Professor Solom Moura da Câmara Municipal de Mossoró.
- Amiga do Museu do Sertão.
-Medalha Mérito da Saúde da Câmara Municipal de Mossoró.
- Cidadã Mossoroense da Câmara Municipal de Mossoró
- Cidadã Messiense da Câmara Municipal de Messias Targino.

CONSIDERAÇÕES FINAIS:
Ouso anunciar, ao Dr. José Wellington Barreto, digno presidente da ACJUS, às respeitáveis confreiras e respeitáveis confrades, na noite do Cântico de Louvor à acadêmica Taniamá, que ela recebe um presente da maior relevância, e que é a longevidade do seu honrado pai, Jorge Julião da Silva, que nesta precisa data completa 94 anos da sua existência e ainda acompanhando, com muito orgulho, os louros alcançados por sua querida filha, a acadêmica Taniamá. Aplaudamos, pois, os exemplos dignificantes do Sr. Julião.
Confreira Taniamá, a ACJUS orgulha-se de tê-la no seu quadro de sócios, e saiba: cada produção sua representa uma janela que se abre para o mundo: O mundo da cultura, o mundo das artes, o mundo da poesia, o mundo de todos os saberes, todos comprometidos com a paz e a felicidade de todos os povos!
Acadêmica Taniamá: A menina da roça, hoje acadêmica, prova que nascera vocacionada para o saber. Parabéns.
Juntemo-nos, agora, no deleite das palavras da Drª Taniamá e do historiador e pesquisador Geraldo Maia, no elogio a seus respectivos patronos. Muito obrigado, de todo o coração.
Em Mossoró, estado do rio Grande do Norte, em 26 de agosto de 2015
Prof. Carlinhos Filgueira
foto oficial do elogio


Dra Taniamá




[1] Trabalho de apresentação pelo Confrade Carlos Alberto Lima Filgueira à confreira Dra Taniamá Vieira da Silva Barreto, em Sessão Magna da Academia de Ciências Jurídicas e Sociais de Mossoró, no dia 26/08/2015, no Auditório do Hotel Villa Oeste, no momento do elogio ao patrono da cadeira 03, Laplace Rosado Coelho.
[2] É Pedagogo e Professor Titular aposentado da Universidade do estado do Rio Grande do Norte. É integrante da Academia de Ciências Jurídicas e Sociais de Mossoró (Acjus) ocupando a cadeira 15, com a patrona Dagmar Lima Filgueira.

sexta-feira, 29 de julho de 2016

INCERTEZAS


 Interpelo: Martins, tu que és a máxima da geodésica das marcas rupestres e a curva do significado da história da cultura do seu bravio povo, qual é o ponto de conexão da sua verdadeira origem, segundo os labirintos imaginários dos seus historiadores? Seriam os traçados da rede altimétrica das suas evoluções cartográficas? Ou as marcas lineares e compactas dos dizeres euclidianos? Estas são indagações que me inquietam e aguçam minhas incertezas sobre o(s) significado(s) da historiografia do povoamento de Martins. Contudo, sou adepta do pensamento de F. Roosevelt, que diz: “Sempre que te perguntarem se podes fazer um trabalho, responde que sim e te ponhas em seguida a aprender como se faz”. Então, trilho as linhas da minha história, aprendendo como se faz a historicização do significado da vida de um povo.
(Taniamá, 25 de junho de 2016)

domingo, 13 de março de 2016

14 DE MARÇO - DIA NACIONAL DA POESIA


POESIA É ... (Taniamá Vieira)

Poesia?
Livres versos
 de exuberância leveza,
Que transbordam do coração para descrever a bondade, 
Dialogar com a felicidade;
Buscar no amargor da vida a sua docilidade.
Magia!



Versos?
Doces palavras criativas da estrofe,
Que transforma o pensamento poético
Em contingencias de engenhosidade
De Exaltação ao que amamos, com saudade.
Bondade!

Estrofes?
São marcas da imagem poética do sentimento,
Designers do voo do pensamento,
Reflexos da doce ilusão imaginativa da letra,
Prenhes da arte de ser poeta.
Leveza!

Rimas?
Vagueiam pelas palavras, poetizando o invisível,
Circundam e penetram nas entranhas das letras,
Recolhem dos fragmentos das chamas dos corações
As cordas poéticas que harmonizam os versos.
Solidão!

Os versos? Dão à poesia corpo e força!
Estrofes? Significam a esperança!
Rimas? São oásis da vida musicalizada!

A Poesia? Apenas é.