Taniamá Vieira da Silva
Barreto
Não
coloco limites nas minhas crianças; mas faço com que elas percebam o
significado dos seus próprios limites e os dos outros. (Profa. Alexandrina)
MEMORANDUM
A alegria não chega apenas no encontro do achado, mas faz parte do processo de busca.
E ensinar e aprender não pode dar-se fora da procura, fora da boniteza e da alegria. (Paulo Freire)
Este é um trabalho construído para atender à
condição de Primeira Ocupante da Cadeira 01, da Academia de Letras e Artes de
Martins – ALAM, em que seus regulamentos impõem a necessidade de que o
acadêmico mergulhe na história de vida
do Patrono, destacando, inclusive os fatos para a essência da imortalidade.
Para tal, o enfoque da pesquisa histórica documental é essencial como
fundamento da sua construção.
Neste sentido, na qualidade de pesquisadora e filha
da homenageada, entendo que o conteúdo deste Documento não teria credibilidade
se partisse apenas da minha impressão emocional e citação como testemunha dos
fatos, se não tivesse em outros olhares próximos e afastados a visão sobre a
história de vida da Professora Maria Alexandrina da Conceição.
Foi então preciso ir a outras fontes de informações
sobre Maria Alexandrina da Conceição, entrevistando um professor que foi seu
aluno, uma professora que muito conviveu com a mesma e sua última
diretora.
Adentrando numa criteriosa varredura das
informações contidas nos documentos e depoimentos dos entrevistados, bem como,
no resgate de minhas memórias de filha partimos para a sistematização do
conteúdo desta Plaqueta, cujo maior desafio é nos aproximarmos o máximo
possível do caráter histórico documental sobre o perfil pessoal e profissional
da vida da Homenageada.
Ancorada no compromisso com a credibilidade do
conhecimento e no sentimento ético o material coletado foi todo contemplado no
conteúdo deste, sem críticas ou exclusões; vez que todas as informações
advieram de fontes de alta credibilidade científica, nivelando-se com o nível
de qualidade da homenageada, cujos valores claros e praticados são permeados de
relações humanas e duradouras, engajadas no sentimento profundo vindo do
coração e com autodisciplina a serviço da educação.
TANIAMÁ VIEIRA DA SILVA BARRETO: CHEGANDO À ALAM
Das páginas passadas uma a uma durante a minha
existência ou até mesmo escritas, lidas e interpretadas em coleção,
possibilitou-me um amadurecimento pessoal e profissional, decorrentes do
encontro e o reencontro com as mais variadas formas de saberes expressos, seja
pelo conhecimento formal, seja pelo informal.
Foram passagens que deixaram marcas positivas, pois
delas amadureci para enfrentar os desafios com lucidez e determinação para
construir novos enfrentamentos para novos projetos e a determinação para
alcançar outras novas metas.
Nasci na zona rural da Serra de Martins, mais
precisamente em Pico dos Carros, e logo cedo minha família estabeleceu moradia
no Sitio Canto distante 03 quilômetros da zona urbana, onde permaneci até os 15
anos de idade, quando me desloquei para Mossoró com a finalidade de avançar em
meus estudos.
No sítio canto, dos 06 aos 15 anos de idade dividi
a minha vida de estudante com a lida do plantio de algodão, feijão, milho e
mandioca.
Sem dúvida que a vida familiar sem condições
financeiras não afetou a grandiosidade da formação ética e religiosa regadas
com muito amor, paz, harmonia e fé, repassada, através do exemplo dos pais e
avós.
Com a firme determinação de dar continuidade aos
estudos desloquei-me para Mossoró onde me graduei e iniciei a vida profissional
na docência mesmo antes de atingir a maior idade. De início dando aulas de
reforço e a partir de 1970 como professora da rede básica do ensino público
estadual.
Na qualidade de professora e enfermeira não poderia
parar os meus estudos. Como enfermeira via e vejo esta como uma profissão que
tem uma relevância socioeducativa ímpar, pois transcende a mesmice da prática
assistencial, carecendo de contínua formação científica, técnica e política,
por parte do profissional que a exerce.
Ao professor, por sua vez, também cumpre a busca do
contínuo aperfeiçoamento de sua prática e atualização dos conhecimentos
específicos e praxiológicos; decorrendo deste uma docência de alto nível de
qualidade e com perspectiva emancipatória.
Eis porque desde cedo me dediquei a escrever sobre
o ensino, a educação, a administração, a enfermagem, a vida e os sentimentos,
seja em forma de pesquisas ou poesias. Destes escritos resultaram várias
publicações conforme consta no anexo I deste trabalho.
Foi na construção e reconstrução das páginas das
letras no cotidiano da vida que me tornei Imortal, integrando as seguintes
Instituições Acadêmicas: Acadêmica Imortal e Patronímica da Cadeira 57 do
Conselho Internacional dos Acadêmicos de Ciências Letras e Artes (CONINTER);
Primeira Ocupante da Cadeira 3, como Membro Efetiva e Fundadora da Academia de
Ciências Jurídicas e Sociais de Mossoró (ACJUS), Primeira Ocupante da Cadeira
12, como Membro Efetivo e Fundadora da Academia de Letras e Artes Mossoroense
(AFLAM), Primeira Ocupante da Cadeira 1, como Membro Efetivo Vitalício e
Fundadora da Academia de Letras e Artes de Martins (ALAM), Sócia Efetiva do
Instituto Cultural do Oeste Potiguar (ICOP) e da Sociedade Brasileira de
Estudos do Cangaço (SBEC), Sócia Correspondente da Academia Apodiense de Letras
(AAPOL) e Amiga do Museu do Sertão.
Fazendo Jus ao título que me foi conferido como
Membro Efetivo da ALAM e honrando com meu compromisso de Imortal da Citada
Academia apresento o Elogio à Patrona da Cadeira 01 Maria Alexandrina da
Conceição, legitimando à mesma a condição de Imortalidade.
Passando as
páginas da vida de Maria Alexandrina da Conceição
Alfabetizar é dirigir uma peça de teatro em que o ator é ao mesmo tempo
autor e platéia do espetáculo e o diretor é o espectador fanático do processo.
(Profa. Alexandrina)
À GUISA DE INTRODUÇÃO
Antes de Professora Alexandrina era missionária,
pois fazia de todos os espaços da sua vida momentos de ensinamentos sobre a
ética, o meio ambiente, a família e a oração.
Quem de nós assumiria o desafio de ser mãe de 14
filhos, cuidar da casa e ser impecável na sua prática educativa / formativa?
O seu legado de pessoa admirável demarcou seu tempo
e sua glória na construção da história da Comunidade, da Educação e da Família.
Estas são as marcas que fazem a diferença e legitimidade para que eu
escolhesse Maria Alexandrina da Conceição como Patrona da Cadeira 01 da ALAM,
da qual sou a primeira ocupante.
A LINHAGEM
A história de vida da Profa Maria
Alexandrina da Conceição, confunde-se com o próprio significado de vida e
compromisso. Sua Linhagem é:
Pai – José Antonio
Vieira, neto de índio, guardava em si os princípios ecológicos inerentes à raça
indígena (Tapuios ou Cariris).
Mãe – Francisca Viana de Messias – professora e
catequista da Comunidade Sítio Canto.
Maria Alexandrina teve na profissão de professora
a sua realização pessoal de mulher e mãe, pois foi por amor que abraçou a
missão de educar, catequizar as crianças a ti confiadas. Inicialmente, as da
comunidade do Pico dos Carros; depois seus próprios filhos e filhas. Essa
dedicação pode se dizer era hereditária já que sua mãe, Francisca Viana de
Messias, foi também professora.
Sua avó Antonia (Coconha), também era ligada à
educação, pois assumia a profissão de porteira (vigia) do Grupo Escolar Almino
Afonso, em Martins. Aqui merece um aporte: Na década de 10, há mais ou menos
100 anos D. Antonia (Coconha) assumia uma profissão dita de homem.
O respeito ao meio ambiente, incluindo o ser
humano foi herdado, principalmente de seu avô, índio que, por instinto pregou a
seus filhos, netos e bisnetos a importância da preservação do que Deus nos
deixou. A nossa Alexandrina não permitiu nunca que alguém que a tivesse por
perto desfolhasse uma planta, sujasse um açude ou apedrejasse um ninho de
passarinho.
NA PAGINAÇÃO DA LINHA DO TEMPO
1929 – Nasce a 1ª filha do casal José e
Francisca, depois de seis filhos varões. Imaginem a alegria...
1931 – Para preencher uma lacuna na vida da
pequena Maria, nasce sua única irmã – Ana Alexandrina.
1945 – Firma namoro com o jovem soldado, Jorge
Julião, recém-chegado da guerra.
1946 – No dia 1o de junho casa-se com
Jorge Julião da Silva e vai morar em Pico dos Carros, pequeno povoado situado
no “pé da serra” de Martins.
1947 – Inicia sua missão de professora da
comunidade onde morava (Sitio Pico dos Carros, zona rural de Martins). As aulas
eram dadas em sua residência, onde fazia de sua sala de estar à sala de aula
dos alunos. Também nesse ano começa a descendência do casal, com o nascimento
da primeira das suas dez filhas – Maria da Conceição.
1949 – Nasce a segunda filha da Profa
Maria Alexandrina e com ela as muitas noites insone, pois aos 20 anos
Alexandrina nunca tinha vivido a experiência de cuidar de uma criança doente, o
que Celeste era de sobra; e foi com a ajuda de sua mãe, dona Chiquinha que ela
conseguiu salvar sua filha.
1950 – Vem ao mundo sua terceira herdeira,
Taniamá.
1952 – Nasce sua quinta filha, Maria Dalva.
1954 – Para grande alegria do casal nasceu no dia
04 de fevereiro, mesmo dia do aniversário de Alexandrina, o primeiro filho
homem que recebeu o nome de José
Arimatéia.
1956 – O casal se muda para o Sítio Canto,
localizado em cima da Serra de Martins, onde moravam os pais de Alexandrina.
1958 – Ano de grande seca no Nordeste e o casal
com então sete filhos, pois nesse ano nascera o sétimo, Sandoval, enfrenta
grandes dificuldades. O esposo, Jorge, vai para as frentes de trabalho nas
Emergências, em construções de rodagens e a Profa Maria Alexandrina
passou por mais uma tribulação: ficar sozinha com a responsabilidade da
família.
1962 – Com Aluísio Alves assumindo o governo do
Estado, os professores leigos passam a receber capacitação “Curso de
Treinamento” e, com isto Alexandrina precisa afastar-se uma vez por ano do seio
familiar enquanto o esposo, Jorge Julião, ficava no comando da casa e do
roçado.
1964 – Ano de grande sofrimento para o casal,
pois vivem o suplício de enfrentar o falecimento de sua filha Maria da Glória,
com 11 meses de idade, o que causou grande sofrimento. Sendo maior para
Alexandrina, pois se encontrava em um treinamento e não viu o sepultamento de
sua filha.
1965 – Nesse ano a família inicia uma nova etapa;
na cidade de Martins só existiam escolas com até o 4º ano ginasial e assim, os
filhos do casal que terminassem o curso ginasial, teria que ir estudar em outra
cidade, sendo Taniamá a primeira a ir para Mossoró.
1967 – Com as três filhas mais velhas, uma casada
e duas em Mossoró, o casal toma uma decisão muito difícil: É hora de acompanhar
os filhos fora do ninho; e, mais uma vez, a família se separa; o esposo vai
para Mossoró morar com as duas filhas que lá estudavam. É um período difícil,
pois o esposo vai trabalhar como operário braçal na Fábrica de Óleo Alfredo
Fernandes, sendo que o salário mal dava para pagar o aluguel e o alimento.
1970 – Mais dois dos filhos vão para Mossoró, um
deles o filho mais velho dos homens, José
Arimatéia.
1971 – Ano em que a família celebra a grande
vitória de Alexandrina conseguir a transferência do emprego para Mossoró,
embora tenha que pagar o tributo de sair de sala de aula, pois sem a devida
formação não poderia assumir uma sala de aula. Foi, então, trabalhar como
servente na E. E. Professor Manoel João, no Alto de São Manoel, no turno
noturno. Foi um período muito difícil, já que morava no Bairro Santo Antônio.
1974 - Maria Alexandrina resolve que precisa
mostrar aos filhos que a educação é o caminho para o sucesso e entra com
empenho no Curso Logos II – equivalente ao Magistério, concluindo com louvor.
1976 - Maria Alexandrina reassume sua sala de
aula e dá continuidade a sua missão interrompida por um breve intervalo; esse,
que serviu para que nossa mestra aprimorasse o seu talento de educadora e
passasse a colocá-lo em prática com mais empenho como uma pessoa que saboreia
melhor um copo de água depois de um período de sede.
1978 – Em suas
plenas atividades educacionais e religiosas, aos 47 anos, Alexandrina cuidava
com esmero dos seus registros pedagógicos, documentando sua prática pedagógica
e definindo estratégias de ensino alternativas que melhor se adequassem à
alfabetização prazerosa.
1985 - Maria
Alexandrina aposenta-se deixando muita saudade na E. E. Associação de
Normalistas onde trabalhou seu ultimo ano na ativa, passando a plantar suas
sementes em outras salas: netos, bisnetos vizinhos, comunidade, igreja e
principalmente em seus amigos que foram muitos.
1986 – Em setembro, Maria Alexandrina fixa
residência, com sua família, na Estrada da Raiz, onde inicia um exaustivo
trabalho de evangelização e organização da comunidade.
De início, através dos membros do grupo de
Jovens Unidos em Cristo (JUC) da Paróquia São José, contando com a participação
ativa de três dos seus filhos: Clovis, Livramento e Vildemar, da sua família
como um todo e o apoio e orientação espiritual do Sacerdote Pe. Guido foram
desenvolvidas várias estratégias de mobilização, sensibilização e evangelização
daquele grupo social. Foram colocadas em prática as seguintes ações: Visitas
aos moradores, reuniões, celebrações e missas (a maioria desses atos
celebrativos eram realizados na sua própria residência).
1987
– Cessão de uma parte do terreno de sua residência para o plantio da horta
comunitária que veio ajudar muito na história do crescimento da comunidade,
pois com a implantação da mesma, foi possível vivenciar uns dos grandes
momentos da verdadeira Comunidade Eclesial de Base.
1988
- Doação de parte do terreno de sua casa à Paróquia de São José para construção
de uma igreja, pois queria um espaço perto para a prática evangelizadora. Foi o
momento da construção da Capela São Francisco da Estrada da Raiz.
E assim esses atos de fé e construção de
cidadania foram contagiando a todos, constituindo-se em verdadeira comunidade
católica.
1988
a 1994 – Organização e Coordenação das Pastorais do Dízimo e do Batismo;
Participação na Criação do Conselho Comunitário, Grupo de Mães e Grupo de
Jovens.
1995 - Fundação da “Legião de Maria Mãe do
Conselho”, que teve inicio em 29 de Abril.
Em um dos grandes maravilhosos momentos de
evangelização, Maria Alexandrina, adquiriu bíblias para distribuir aos membros
dos grupos, o mais especial não foi a distribuição das bíblias e sim marcar
cada uma das passagens que retratam os mistérios do terço para as pessoas
acompanharem.
Os grupos formados foram: Hora da Graça, Oficio
de Nossa Senhora, Oficio das Almas e as Mil Ave Maria.
2000 – Retorna para
Martins onde deu continuidade a sua vida de cidadã comprometida com a
religiosidade e sustentabilidade ambiental, sendo um baluarte na dinamização
dos trabalhos da Capela Jesus Ressuscitado, do Sitio Canto.
Com o agravamento
da saúde do seu esposo passou a dedicar-se 24 horas por dia aos cuidados do seu
amado, mas, sem se descuidar do seu compromisso com os seus familiares e a
Igreja. Tão é verdade que mesmo distante, em Martins, orientou sua filha Lila a
fundar a Infância Missionária na Comunidade Estrada da Raiz, o que ocorreu em 14 de
Agosto de 2005.
2011 – Quando todas
as atenções dos seus filhos e netos estavam voltadas para a saúde de Jorge
Julião, seu esposo, em 31 de janeiro, morre a Profa Maria Alexandrina deixando todos
incrédulos e com um grande vazio.
O LEGADO
Determinada, desde
a adolescência, os estudos e os desafios profissionais sempre fizeram parte do
seu projeto de vida, como mulher, mãe e educadora.
Como esposa e mãe
teve 14 filhos, tendo vivido e convivido com seu esposo grandes batalhas
durante toda a sua vida terrena.
Seus Filhos,
integrantes do seu templo familiar, são: Maria da Conceição Alves de Azevedo,
Regina Celeste da Silva, Taniamá Vieira da Silva Barreto, José Arimatéia
Vieira, Maria Dalva Vieira, Leontina Vieira da Silva, Francisco Sandoval
Vieira, Vildemar Vieira da Silva, Maria do Livramento Vieira Amâncio, Maria da
Glória Vieira (falecida), Antonio
Clóvis Vieira, Maria da Conceição Vieira Barbalho, Hugnelson Vieira da Silva e
Flávia Maria Vieira da Silva.
Na qualidade de esposa e mãe
sua meta era a perfeição e o amor: as calças e camisas de Jorge, sempre
branquíssimas e impecavelmente passadas na goma serviam de admiração de todos os
conhecidos e vizinhos.
Religiosamente, todos os
domingos, pela manhã, caminhava 03 quilômetros, do Sítio Canto até a cidade,
com seu esposo e filhos para assistirem a missa dominical.
Enquanto professora eram muitos
os seus dotes, buscando contínuo aperfeiçoamento, conseguindo ser uma excelente
alfabetizadora, assumindo sempre o desafio de trazer para sua sala de aula
aqueles alunos de outras turmas que tinham dificuldades de alfabetização. Como
fala sua ex-diretora Dona Lourdes: “Alexandrina obrava milagres; quando o aluno
tinha dificuldades eu dizia: passe este menino para a turma de Alexandrina.
Então, dois ou quatro meses depois estava lá, a criança lendo suas primeiras
palavras”.
Com a sua morte
nós, seus filhos, encontramos dois cadernos com vários escritos, em forma de
apontamentos, que sistematizamos, organizamos e pretendemos publicarem breve,
sob o título de “Lembranças que me Marcam na Alfabetização
Infantil: experiência que deu
certo”.
Evangelizadora, não só dos seus filhos, marido,
netos, genros, noras, bisnetos, mas também de todos os amigos e conhecidos, a
Profa Maria Alexandrina, faleceu, mas as marcas da sua história
estão perpetuadas, pois temos a certeza de que o seu projeto de evangelizadora
cristã foi plantado em terreno fértil, que aconteceu em dois momentos: na casa
da Estrada da Raiz, em Mossoró, e na dos sítios Pico dos Carros, Canto e Frade,
em Martins.
Se eu pudesse deixar algum presente a você, deixaria aceso o sentimento
de amor à vida dos seres humanos. A consciência de aprender tudo o que nos foi
ensinado pelo tempo afora. Lembraria os erros que foram cometidos para que não
mais se repetisse. A capacidade de escolher novos rumos. Deixaria para você, se
pudesse, o respeito àquilo que é indispensável: além do pão, o trabalho. Além
do trabalho, a ação. E quando tudo mais faltasse, um segredo: o de buscar no
interior de si mesmo a resposta e a força para encontrar a saída. (Mahatma
Gandhi)
A
vida continua independentemente dos acontecimentos, o relógio do tempo não
para, caminhamos não sabemos pra onde, mas temos pressa de chegar, de ser
feliz; mas nessa correria louca da qual o ser humano é vitima e culpado ao
mesmo tempo algo não pode faltar, "a Fé no Criador" e agregada a essa
Fé, a esperança de dias Iluminados.
A SÍNTESE
Disse um antigo sofista grego que o homem é a medida de todas as coisas. Com base nesse princípio, podemos afirmar, então, que o homem é a melhor medida do próprio homem.
Foi com base neste sofismo que optamos por indicar Maria Alexandrina da Conceição como Patrona da Cadeira 01 da ALAM da qual sou a primeira ocupante transcende a aderência técnico-científica e profissional; há um significado todo especial da minha relação profissional com a mesma, na qualidade de filha e professora.
Disse um antigo sofista grego que o homem é a medida de todas as coisas. Com base nesse princípio, podemos afirmar, então, que o homem é a melhor medida do próprio homem.
Foi com base neste sofismo que optamos por indicar Maria Alexandrina da Conceição como Patrona da Cadeira 01 da ALAM da qual sou a primeira ocupante transcende a aderência técnico-científica e profissional; há um significado todo especial da minha relação profissional com a mesma, na qualidade de filha e professora.
Alexandrina
foi a própria medida de ser a melhor representação do significado de ser
educadora menina-mulher que disseminou por onde passou a paz a harmonia e a
solidariedade.
Também, porque ela, a mulher
Alexandrina por si só já representou a medida certa para se fazer homenagear, pela
sua vida profissional de educadora, que fez a diferença na Educação, na
família, na Igreja e nas comunidades por onde passou.
Dotada de uma humanização
ímpar Alexandrina cativava as pessoas que a rodeavam demonstrando uma grande
capacidade de liderança, orientação e de fraternidade. Abençoada com uma grande
capacidade criativa e de alta habilidade proativa sabia, como ninguém,
empreender, estando ai o grande segredo do sucesso da sua vida de educadora e
missionária da vida.
Estes são alguns dos fatos que
oportunizam a escolha e comprovam a justiça da escolha, acrescidos da adequação
do currículo da mesma, ao perfil da Academia de Letras e artes de Martins (ALAM), ficando claro que muitas são as razões pelas quais reconhecemos em Alexandrina a figura da cidadã imprescindível ao desenvolvimento ético, social e humanístico.
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