sábado, 30 de julho de 2016

Maria Alexandrina da Conceição

“A PATRONA DA CADEIRA 01”[1]


Taniamá Vieira da Silva Barreto

Não coloco limites nas minhas crianças; mas faço com que elas percebam o significado dos seus próprios limites e os dos outros. (Profa. Alexandrina)

MEMORANDUM


A alegria não chega apenas no encontro do achado, mas faz parte do processo de busca.
E ensinar e aprender não pode dar-se fora da procura, fora da boniteza e da alegria. (Paulo Freire)


Este é um trabalho construído para atender à condição de Primeira Ocupante da Cadeira 01, da Academia de Letras e Artes de Martins – ALAM, em que seus regulamentos impõem a necessidade de que o acadêmico mergulhe  na história de vida do Patrono, destacando, inclusive os fatos para a essência da imortalidade. Para tal, o enfoque da pesquisa histórica documental é essencial como fundamento da sua construção. 
Neste sentido, na qualidade de pesquisadora e filha da homenageada, entendo que o conteúdo deste Documento não teria credibilidade se partisse apenas da minha impressão emocional e citação como testemunha dos fatos, se não tivesse em outros olhares próximos e afastados a visão sobre a história de vida da Professora Maria Alexandrina da Conceição.
Foi então preciso ir a outras fontes de informações sobre Maria Alexandrina da Conceição, entrevistando um professor que foi seu aluno, uma professora que muito conviveu com a mesma e sua última diretora. 
Adentrando numa criteriosa varredura das informações contidas nos documentos e depoimentos dos entrevistados, bem como, no resgate de minhas memórias de filha partimos para a sistematização do conteúdo desta Plaqueta, cujo maior desafio é nos aproximarmos o máximo possível do caráter histórico documental sobre o perfil pessoal e profissional da vida da Homenageada.
Ancorada no compromisso com a credibilidade do conhecimento e no sentimento ético o material coletado foi todo contemplado no conteúdo deste, sem críticas ou exclusões; vez que todas as informações advieram de fontes de alta credibilidade científica, nivelando-se com o nível de qualidade da homenageada, cujos valores claros e praticados são permeados de relações humanas e duradouras, engajadas no sentimento profundo vindo do coração e com autodisciplina a serviço da educação.

TANIAMÁ VIEIRA DA SILVA BARRETO: CHEGANDO À ALAM

Das páginas passadas uma a uma durante a minha existência ou até mesmo escritas, lidas e interpretadas em coleção, possibilitou-me um amadurecimento pessoal e profissional, decorrentes do encontro e o reencontro com as mais variadas formas de saberes expressos, seja pelo conhecimento formal, seja pelo informal.
Foram passagens que deixaram marcas positivas, pois delas amadureci para enfrentar os desafios com lucidez e determinação para construir novos enfrentamentos para novos projetos e a determinação para alcançar outras novas metas.
Nasci na zona rural da Serra de Martins, mais precisamente em Pico dos Carros, e logo cedo minha família estabeleceu moradia no Sitio Canto distante 03 quilômetros da zona urbana, onde permaneci até os 15 anos de idade, quando me desloquei para Mossoró com a finalidade de avançar em meus estudos.
No sítio canto, dos 06 aos 15 anos de idade dividi a minha vida de estudante com a lida do plantio de algodão, feijão, milho e mandioca.
Sem dúvida que a vida familiar sem condições financeiras não afetou a grandiosidade da formação ética e religiosa regadas com muito amor, paz, harmonia e fé, repassada, através do exemplo dos pais e avós.
Com a firme determinação de dar continuidade aos estudos desloquei-me para Mossoró onde me graduei e iniciei a vida profissional na docência mesmo antes de atingir a maior idade. De início dando aulas de reforço e a partir de 1970 como professora da rede básica do ensino público estadual.
Na qualidade de professora e enfermeira não poderia parar os meus estudos. Como enfermeira via e vejo esta como uma profissão que tem uma relevância socioeducativa ímpar, pois transcende a mesmice da prática assistencial, carecendo de contínua formação científica, técnica e política, por parte do profissional que a exerce.
Ao professor, por sua vez, também cumpre a busca do contínuo aperfeiçoamento de sua prática e atualização dos conhecimentos específicos e praxiológicos; decorrendo deste uma docência de alto nível de qualidade e com perspectiva emancipatória.
Eis porque desde cedo me dediquei a escrever sobre o ensino, a educação, a administração, a enfermagem, a vida e os sentimentos, seja em forma de pesquisas ou poesias. Destes escritos resultaram várias publicações conforme consta no anexo I deste trabalho.
Foi na construção e reconstrução das páginas das letras no cotidiano da vida que me tornei Imortal, integrando as seguintes Instituições Acadêmicas: Acadêmica Imortal e Patronímica da Cadeira 57 do Conselho Internacional dos Acadêmicos de Ciências Letras e Artes (CONINTER); Primeira Ocupante da Cadeira 3, como Membro Efetiva e Fundadora da Academia de Ciências Jurídicas e Sociais de Mossoró (ACJUS), Primeira Ocupante da Cadeira 12, como Membro Efetivo e Fundadora da Academia de Letras e Artes Mossoroense (AFLAM), Primeira Ocupante da Cadeira 1, como Membro Efetivo Vitalício e Fundadora da Academia de Letras e Artes de Martins (ALAM), Sócia Efetiva do Instituto Cultural do Oeste Potiguar (ICOP) e da Sociedade Brasileira de Estudos do Cangaço (SBEC), Sócia Correspondente da Academia Apodiense de Letras (AAPOL) e Amiga do Museu do Sertão.
Fazendo Jus ao título que me foi conferido como Membro Efetivo da ALAM e honrando com meu compromisso de Imortal da Citada Academia apresento o Elogio à Patrona da Cadeira 01 Maria Alexandrina da Conceição, legitimando à mesma a condição de Imortalidade.

Passando as páginas da vida de Maria Alexandrina da Conceição
Alfabetizar é dirigir uma peça de teatro em que o ator é ao mesmo tempo autor e platéia do espetáculo e o diretor é o espectador fanático do processo. (Profa. Alexandrina)

À GUISA DE INTRODUÇÃO

Antes de Professora Alexandrina era missionária, pois fazia de todos os espaços da sua vida momentos de ensinamentos sobre a ética, o meio ambiente, a família e a oração.
Quem de nós assumiria o desafio de ser mãe de 14 filhos, cuidar da casa e ser impecável na sua prática educativa / formativa?
O seu legado de pessoa admirável demarcou seu tempo e sua glória na construção da história da Comunidade, da Educação e da Família.
Estas são as marcas que fazem a diferença e legitimidade para que eu escolhesse Maria Alexandrina da Conceição como Patrona da Cadeira 01 da ALAM, da qual sou a primeira ocupante.

A LINHAGEM

A história de vida da Profa Maria Alexandrina da Conceição, confunde-se com o próprio significado de vida e compromisso. Sua Linhagem é:
Pai – José Antonio Vieira, neto de índio, guardava em si os princípios ecológicos inerentes à raça indígena (Tapuios ou Cariris).
Mãe – Francisca Viana de Messias – professora e catequista da Comunidade Sítio Canto.
Maria Alexandrina teve na profissão de professora a sua realização pessoal de mulher e mãe, pois foi por amor que abraçou a missão de educar, catequizar as crianças a ti confiadas. Inicialmente, as da comunidade do Pico dos Carros; depois seus próprios filhos e filhas. Essa dedicação pode se dizer era hereditária já que sua mãe, Francisca Viana de Messias, foi também professora.
Sua avó Antonia (Coconha), também era ligada à educação, pois assumia a profissão de porteira (vigia) do Grupo Escolar Almino Afonso, em Martins. Aqui merece um aporte: Na década de 10, há mais ou menos 100 anos D. Antonia (Coconha) assumia uma profissão dita de homem.
O respeito ao meio ambiente, incluindo o ser humano foi herdado, principalmente de seu avô, índio que, por instinto pregou a seus filhos, netos e bisnetos a importância da preservação do que Deus nos deixou. A nossa Alexandrina não permitiu nunca que alguém que a tivesse por perto desfolhasse uma planta, sujasse um açude ou apedrejasse um ninho de passarinho.

NA PAGINAÇÃO DA LINHA DO TEMPO

1929 – Nasce a 1ª filha do casal José e Francisca, depois de seis filhos varões. Imaginem a alegria...
1931 – Para preencher uma lacuna na vida da pequena Maria, nasce sua única irmã – Ana Alexandrina.
1945 – Firma namoro com o jovem soldado, Jorge Julião, recém-chegado da guerra.
1946 – No dia 1o de junho casa-se com Jorge Julião da Silva e vai morar em Pico dos Carros, pequeno povoado situado no “pé da serra” de Martins.
1947 – Inicia sua missão de professora da comunidade onde morava (Sitio Pico dos Carros, zona rural de Martins). As aulas eram dadas em sua residência, onde fazia de sua sala de estar à sala de aula dos alunos. Também nesse ano começa a descendência do casal, com o nascimento da primeira das suas dez filhas – Maria da Conceição.
1949 – Nasce a segunda filha da Profa Maria Alexandrina e com ela as muitas noites insone, pois aos 20 anos Alexandrina nunca tinha vivido a experiência de cuidar de uma criança doente, o que Celeste era de sobra; e foi com a ajuda de sua mãe, dona Chiquinha que ela conseguiu salvar sua filha.
1950 – Vem ao mundo sua terceira herdeira, Taniamá.
1952 – Nasce sua quinta filha, Maria Dalva.
1954 – Para grande alegria do casal nasceu no dia 04 de fevereiro, mesmo dia do aniversário de Alexandrina, o primeiro filho homem que recebeu o nome de José  Arimatéia.
1956 – O casal se muda para o Sítio Canto, localizado em cima da Serra de Martins, onde moravam os pais de Alexandrina.
1958 – Ano de grande seca no Nordeste e o casal com então sete filhos, pois nesse ano nascera o sétimo, Sandoval, enfrenta grandes dificuldades. O esposo, Jorge, vai para as frentes de trabalho nas Emergências, em construções de rodagens e a Profa Maria Alexandrina passou por mais uma tribulação: ficar sozinha com a responsabilidade da família.
1962 – Com Aluísio Alves assumindo o governo do Estado, os professores leigos passam a receber capacitação “Curso de Treinamento” e, com isto Alexandrina precisa afastar-se uma vez por ano do seio familiar enquanto o esposo, Jorge Julião, ficava no comando da casa e do roçado.
1964 – Ano de grande sofrimento para o casal, pois vivem o suplício de enfrentar o falecimento de sua filha Maria da Glória, com 11 meses de idade, o que causou grande sofrimento. Sendo maior para Alexandrina, pois se encontrava em um treinamento e não viu o sepultamento de sua filha.
1965 – Nesse ano a família inicia uma nova etapa; na cidade de Martins só existiam escolas com até o 4º ano ginasial e assim, os filhos do casal que terminassem o curso ginasial, teria que ir estudar em outra cidade, sendo Taniamá a primeira a ir para Mossoró.
1967 – Com as três filhas mais velhas, uma casada e duas em Mossoró, o casal toma uma decisão muito difícil: É hora de acompanhar os filhos fora do ninho; e, mais uma vez, a família se separa; o esposo vai para Mossoró morar com as duas filhas que lá estudavam. É um período difícil, pois o esposo vai trabalhar como operário braçal na Fábrica de Óleo Alfredo Fernandes, sendo que o salário mal dava para pagar o aluguel e o alimento.
1970 – Mais dois dos filhos vão para Mossoró, um deles o filho mais velho dos homens, José  Arimatéia.
1971 – Ano em que a família celebra a grande vitória de Alexandrina conseguir a transferência do emprego para Mossoró, embora tenha que pagar o tributo de sair de sala de aula, pois sem a devida formação não poderia assumir uma sala de aula. Foi, então, trabalhar como servente na E. E. Professor Manoel João, no Alto de São Manoel, no turno noturno. Foi um período muito difícil, já que morava no Bairro Santo Antônio.
1974 - Maria Alexandrina resolve que precisa mostrar aos filhos que a educação é o caminho para o sucesso e entra com empenho no Curso Logos II – equivalente ao Magistério, concluindo com louvor.
1976 - Maria Alexandrina reassume sua sala de aula e dá continuidade a sua missão interrompida por um breve intervalo; esse, que serviu para que nossa mestra aprimorasse o seu talento de educadora e passasse a colocá-lo em prática com mais empenho como uma pessoa que saboreia melhor um copo de água depois de um período de sede.
1978 – Em suas plenas atividades educacionais e religiosas, aos 47 anos, Alexandrina cuidava com esmero dos seus registros pedagógicos, documentando sua prática pedagógica e definindo estratégias de ensino alternativas que melhor se adequassem à alfabetização prazerosa.
1985 - Maria Alexandrina aposenta-se deixando muita saudade na E. E. Associação de Normalistas onde trabalhou seu ultimo ano na ativa, passando a plantar suas sementes em outras salas: netos, bisnetos vizinhos, comunidade, igreja e principalmente em seus amigos que foram muitos.
1986 – Em setembro, Maria Alexandrina fixa residência, com sua família, na Estrada da Raiz, onde inicia um exaustivo trabalho de evangelização e organização da comunidade.
De início, através dos membros do grupo de Jovens Unidos em Cristo (JUC) da Paróquia São José, contando com a participação ativa de três dos seus filhos: Clovis, Livramento e Vildemar, da sua família como um todo e o apoio e orientação espiritual do Sacerdote Pe. Guido foram desenvolvidas várias estratégias de mobilização, sensibilização e evangelização daquele grupo social. Foram colocadas em prática as seguintes ações: Visitas aos moradores, reuniões, celebrações e missas (a maioria desses atos celebrativos eram realizados na sua própria residência).
1987 Cessão de uma parte do terreno de sua residência para o plantio da horta comunitária que veio ajudar muito na história do crescimento da comunidade, pois com a implantação da mesma, foi possível vivenciar uns dos grandes momentos da verdadeira Comunidade Eclesial de Base.
1988 - Doação de parte do terreno de sua casa à Paróquia de São José para construção de uma igreja, pois queria um espaço perto para a prática evangelizadora. Foi o momento da construção da Capela São Francisco da Estrada da Raiz.
E assim esses atos de fé e construção de cidadania foram contagiando a todos, constituindo-se em verdadeira comunidade católica.
1988 a 1994 – Organização e Coordenação das Pastorais do Dízimo e do Batismo; Participação na Criação do Conselho Comunitário, Grupo de Mães e Grupo de Jovens.
1995 - Fundação da “Legião de Maria Mãe do Conselho”, que teve inicio em 29 de Abril.
Em um dos grandes maravilhosos momentos de evangelização, Maria Alexandrina, adquiriu bíblias para distribuir aos membros dos grupos, o mais especial não foi a distribuição das bíblias e sim marcar cada uma das passagens que retratam os mistérios do terço para as pessoas acompanharem.
Os grupos formados foram: Hora da Graça, Oficio de Nossa Senhora, Oficio das Almas e as Mil Ave Maria.
2000 – Retorna para Martins onde deu continuidade a sua vida de cidadã comprometida com a religiosidade e sustentabilidade ambiental, sendo um baluarte na dinamização dos trabalhos da Capela Jesus Ressuscitado, do Sitio Canto.
Com o agravamento da saúde do seu esposo passou a dedicar-se 24 horas por dia aos cuidados do seu amado, mas, sem se descuidar do seu compromisso com os seus familiares e a Igreja. Tão é verdade que mesmo distante, em Martins, orientou sua filha Lila a fundar a Infância Missionária na Comunidade Estrada da Raiz, o que ocorreu em 14 de Agosto de 2005.
2011 – Quando todas as atenções dos seus filhos e netos estavam voltadas para a saúde de Jorge Julião, seu esposo, em 31 de janeiro, morre a Profa  Maria Alexandrina deixando todos incrédulos e com um grande vazio.

O LEGADO
Determinada, desde a adolescência, os estudos e os desafios profissionais sempre fizeram parte do seu projeto de vida, como mulher, mãe e educadora.
Como esposa e mãe teve 14 filhos, tendo vivido e convivido com seu esposo grandes batalhas durante toda a sua vida terrena.
Seus Filhos, integrantes do seu templo familiar, são: Maria da Conceição Alves de Azevedo, Regina Celeste da Silva, Taniamá Vieira da Silva Barreto, José Arimatéia Vieira, Maria Dalva Vieira, Leontina Vieira da Silva, Francisco Sandoval Vieira, Vildemar Vieira da Silva, Maria do Livramento Vieira Amâncio, Maria da Glória Vieira (falecida), Antonio Clóvis Vieira, Maria da Conceição Vieira Barbalho, Hugnelson Vieira da Silva e Flávia Maria Vieira da Silva.
Na qualidade de esposa e mãe sua meta era a perfeição e o amor: as calças e camisas de Jorge, sempre branquíssimas e impecavelmente passadas na goma serviam de admiração de todos os conhecidos e vizinhos.
Religiosamente, todos os domingos, pela manhã, caminhava 03 quilômetros, do Sítio Canto até a cidade, com seu esposo e filhos para assistirem a missa dominical.
Enquanto professora eram muitos os seus dotes, buscando contínuo aperfeiçoamento, conseguindo ser uma excelente alfabetizadora, assumindo sempre o desafio de trazer para sua sala de aula aqueles alunos de outras turmas que tinham dificuldades de alfabetização. Como fala sua ex-diretora Dona Lourdes: “Alexandrina obrava milagres; quando o aluno tinha dificuldades eu dizia: passe este menino para a turma de Alexandrina. Então, dois ou quatro meses depois estava lá, a criança lendo suas primeiras palavras”.
Com a sua morte nós, seus filhos, encontramos dois cadernos com vários escritos, em forma de apontamentos, que sistematizamos, organizamos e pretendemos publicarem breve, sob o título de “Lembranças que me Marcam na Alfabetização Infantil: experiência que deu certo”.
Evangelizadora, não só dos seus filhos, marido, netos, genros, noras, bisnetos, mas também de todos os amigos e conhecidos, a Profa Maria Alexandrina, faleceu, mas as marcas da sua história estão perpetuadas, pois temos a certeza de que o seu projeto de evangelizadora cristã foi plantado em terreno fértil, que aconteceu em dois momentos: na casa da Estrada da Raiz, em Mossoró, e na dos sítios Pico dos Carros, Canto e Frade, em Martins.
Se eu pudesse deixar algum presente a você, deixaria aceso o sentimento de amor à vida dos seres humanos. A consciência de aprender tudo o que nos foi ensinado pelo tempo afora. Lembraria os erros que foram cometidos para que não mais se repetisse. A capacidade de escolher novos rumos. Deixaria para você, se pudesse, o respeito àquilo que é indispensável: além do pão, o trabalho. Além do trabalho, a ação. E quando tudo mais faltasse, um segredo: o de buscar no interior de si mesmo a resposta e a força para encontrar a saída. (Mahatma Gandhi)
A vida continua independentemente dos acontecimentos, o relógio do tempo não para, caminhamos não sabemos pra onde, mas temos pressa de chegar, de ser feliz; mas nessa correria louca da qual o ser humano é vitima e culpado ao mesmo tempo algo não pode faltar, "a Fé no Criador" e agregada a essa Fé, a esperança de dias Iluminados.
A SÍNTESE

            Disse um antigo sofista grego que o homem é a medida de todas as coisas. Com base nesse princípio, podemos afirmar, então, que o homem é a melhor medida do próprio homem. 
Foi com base neste sofismo que optamos por indicar Maria Alexandrina da Conceição como Patrona da Cadeira 01 da ALAM da qual sou a primeira ocupante transcende a aderência técnico-científica e profissional; há  um significado todo especial da minha relação profissional com a mesma, na qualidade de filha e professora.
Alexandrina foi a própria medida de ser a melhor representação do significado de ser educadora menina-mulher que disseminou por onde passou a paz a harmonia e a solidariedade.
Também, porque ela, a mulher Alexandrina por si só já representou a medida certa para se fazer homenagear, pela sua vida profissional de educadora, que fez a diferença na Educação, na família, na Igreja e nas comunidades por onde passou.
Dotada de uma humanização ímpar Alexandrina cativava as pessoas que a rodeavam demonstrando uma grande capacidade de liderança, orientação e de fraternidade. Abençoada com uma grande capacidade criativa e de alta habilidade proativa sabia, como ninguém, empreender, estando ai o grande segredo do sucesso da sua vida de educadora e missionária da vida.

Estes são alguns dos fatos que oportunizam a escolha e comprovam a justiça da escolha, acrescidos da adequação do currículo da mesma, ao perfil da Academia de Letras e artes de Martins (ALAM), ficando claro que muitas são as razões pelas quais reconhecemos em Alexandrina a figura da cidadã imprescindível ao desenvolvimento ético, social e humanístico.






[1] Elogio realizado em 03 de Janeiro de 2016.

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