sábado, 19 de julho de 2014

As Respostas estão em mim!



Final de sábado, 19 de julho de 2014. Estou mergulhada num mar de incertezas sobre o significado da construção do pensamento filosófico, sociológico, político ou teológico. Incertezas provocadas pela perda de alguns produtores da poesia; da música; do conhecimento brasileiro!

Penso e procuro, na certeza no conhecimento produzido por aqueles pensadores que já se foram, o motivo para refletir sobre a vida, a poesia, a educação; sei lá, a morte!

Como Rubem Alves, entendo que a morte é a minha melhor amiga! Converso sempre com ela e ela me ouve! Com esta paráfrase quero afirmar que é preciso sentir prazer em buscar na morte o significado da vida. É preciso ter a sensibilidade do insensível para perceber a beleza da vida no espelho da morte.

Esta é a capacidade do pensador poeta de poetizar a vida e significar a beleza que abriga e fortalece o pensamento, através da renovação da força da alma humana e inspiração do lirismo da sabedoria, que não se esgota na construção do pensamento criativo da poesia.

- Puro diálogo com a sensibilidade!

Diálogo sensível com os 27 livros infantis produzidos pelo teólogo, pedagogo, poeta e filósofo brasileiro Rubem Alves (1933-2014), que na miscigenação da filosofia, teologia e psicologia com as histórias infantis estabelece o equilíbrio entre a celebração da vida, a navegação do tempo e a libertação teológica do conhecimento, através dos temas das suas 11 principais crônicas.

Os escritos de Rubem Alves nos seus 05 livros sobre a filosofia da ciência e da educação e 09 sobre filosofia da religião nos remete a aprofundar nossa compreensão sobre o enigma da existência e a felicidade de fazer educação através da ciência do sensível.

Então, mesmo sabendo que a(s) resposta(s) a esta indagação só compete a mim, buscá-las, pergunto, provocativa e enigmaticamente:

Qual o peso do pássaro sentado no dedo?

Como fazer com que os fragmentos do futuro tão sonhado cheguem à sociedade? 



Dra. Taniamá Vieira da Silva Barreto.  



Foto de Rubem Alves


Frases de Rubem Alves:


“A celebração de mais um ano de vida é a celebração de um desfazer, um tempo que deixou de ser, não mais existe. Fósforo que foi riscado. Nunca mais acenderá. Daí a profunda sabedoria do ritual de soprar as velas em festa de aniversário. Se uma vela acesa é símbolo de vida, uma vez apagada ela se torna símbolo de morte”.

“Amar é ter um pássaro pousado no dedo. Quem tem um pássaro pousado no dedo sabe que, a qualquer momento, ele pode voar”



"Enquanto a sociedade feliz não chega, que haja pelo menos fragmentos de futuro em que a alegria é servida como sacramento, para que as crianças aprendam que o mundo pode ser diferente. Que a escola, ela mesma, seja um fragmento do futuro..."

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