quarta-feira, 4 de junho de 2014

ÚLTIMOS VERSOS

Este será meu último soneto;
Agora a inspiração irá atuar distante.
Não mais farei sequer um só terceto;
Não comporei mais verso, doravante.

Para quem deve convergir meu afeto,
ao ver do estro passar o último instante?
Será p’ra aqueles que me deram o teto?
Será p’ra ti, com quem gozei bastante?

Eu me detenho, e assim num retrospecto,
meu espírito vê meus pais tão perto,
da vida, a estrada me mostrando a rir.

É grandioso este espetáculo! É puro!
Mas, quando eu ia dedicar-lhe, juro,
estes versos, lembrei-me, sim, de TI!

Postado por taniama às 05:24 3 comentários:

Marcadores: poesia

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